PSD diz que atrasos do ministro da Defesa já são “um hábito”

Coordenador do PSD na Comissão Parlamentar de Defesa acusa Azeredo Lopes de “falta de respeito institucional”.

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Azeredo Lopes na Comissão Parlamentar de Defesa Miguel Manso

Pedro Roque, coordenador do PSD na Comissão Parlamentar de Defesa (CPD), diz que o atraso do ministro da Defesa de documentação sobre Tancos "já é um hábito", acusando Azeredo Lopes de "falta de respeito institucional" para com a comissão.

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Pedro Roque, coordenador do PSD na Comissão Parlamentar de Defesa (CPD), diz que o atraso do ministro da Defesa de documentação sobre Tancos "já é um hábito", acusando Azeredo Lopes de "falta de respeito institucional" para com a comissão.

O PÚBLICO revelou esta quarta-feira que o ministro da Defesa comprometeu-se, a 16 de Janeiro, a entregar na comissão parlamentar, até ao final de Fevereiro, um "dossier documental" com todas as medidas estruturais que foram tomadas na sequência do apuramento do que ocorreu em Tancos. O prazo terminou há sete dias e os documentos ainda não chegaram ao Parlamento.

"O dossier documental encontra-se em preparação", disse ao PÚBLICO um assessor do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, sem revelar, porém, quando será entregue o conjunto de documentos. Segundo o governante, a elaboração deste "dossier documental" visava "esclarecer a opinião pública" sobre tudo o que foi feito neste processo.

Pedro Roque, que já foi confirmado como coordenador do PSD na CPD sob a chefia da bancada de Fernando Negrão, afirma que "o ministro não tem respeito pelos prazos", mas diz nem dar "grande relevância política" a este último atraso. "Eles [os documentos] vão acabar por chegar. Chegam atrasados, mas chegam", concluiu.

Entretanto, o ministro da Defesa rejeitou nesta quarta-feira que o Governo se tenha atrasado a entregar ao Parlamento o relatório sobre as medidas tomadas após o roubo de material militar em Tancos e garantiu que estará concluído nos próximos dias.

"Não há atraso, porque o que eu disse na comissão de Defesa Nacional foi: 'penso que será possível entregar até ao fim do mês de Fevereiro', mas o trabalho está a ser concluído e será com certeza entregue, espero eu, nos mais breves prazos", afirmou José Azeredo Lopes aos jornalistas, à saída de uma audição parlamentar sobre a cooperação estruturada permanente.