Obras no Mercado do Bolhão arrancam em Maio

Transferência dos vendedores para o mercado temporário deve estar concluída até final de Abril

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As obras aguardadas há décadas deverão, finalmente, avançar Nelson Garrido

A Câmara do Porto anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que já tem o visto do Tribunal de Contas que lhe permite avançar com as obras no Mercado do Bolhão. Os comerciantes deverão ser transferidos para o mercado temporário até ao final de Abril, “havendo condições para que a obra se inicie em Maio”.

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A Câmara do Porto anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que já tem o visto do Tribunal de Contas que lhe permite avançar com as obras no Mercado do Bolhão. Os comerciantes deverão ser transferidos para o mercado temporário até ao final de Abril, “havendo condições para que a obra se inicie em Maio”.

Depois de ter sido dado o visto ao contrato para a empreitada principal, faltava um último, referente à entrega à empresa municipal Go Porto da gestão do mercado temporário. Numa semana em que o TdC tinha dado duas más notícias à Câmara do Porto, Rui Moreira tem, pelo menos, esta novidade há muito aguardada para dar – a parte burocrática está ultrapassada, os trabalhos podem avançar.

A empreitada de restauro do Mercado do Bolhão, orçada em cerca de 22,4 milhões de euros deverá prolongar-se por, pelo menos, dois anos. Durante esse período os vendedores do interior do mercado e parte dos comerciantes do exterior que deverão regressar ao espaço renovado vão instalar-se no mercado temporário criado no centro comercial La Vie Porto,  na Rua de Fernandes Tomás. Existia a obrigação de uns e outros serem informados da transferência com 30 dias de antecedência, pelo que antes do início de Abril a mudança não deve acontecer.

Segundo o comunicado enviado às redacções, a transferência e abertura do mercado temporário “será acompanhada de uma forte campanha de comunicação e marketing que ajudará a referenciar a nova localização”.

O restauro do edifício centenário foi adjudicado ao agrupamento Alberto Couto Alves, SA, e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos, SA. É a eles que caberá pôr de pé o projecto idealizado pelo município: um mercado público renovado, dedicado aos frescos no piso térreo e com restaurantes e zonas polivalentes no piso superior, com acesso directo à estação de metro, elevadores e uma nova zona técnica no subsolo.

Enquanto o edifício permanecer encerrado, os ocupantes do Bolhão irão instalar-se no La vie, onde existem bancas para 66 vendedores, quatro estruturas para restaurantes e lojas para doze comerciantes do exterior – apesar de apenas 10 terem aceitado instalar-se ali, havendo 14 que decidiram não regressar ao mercado renovado, onze que decidiram suspender a actividade até à reabertura do Bolhão e seis que escolheram outros locais para funcionar temporariamente.

O mercado temporário vai ter horários diferenciados, com as bancas de frescos a abrirem de segunda-feira a sábado às 7h e a poderem encerrar às 21h durante a semana, se os vendedores decidirem prolongar o horário para lá das 17h actuais. Ao sábado o fecho é às 19h. As lojas poderão escolher o horário que pretendem, desde que seja entre as 8h e as 20h de segunda a sexta-feira e entre as 8h e as 18h ao sábado. O espaço está encerrado ao domingo.