Laboratório para gestão da floresta e dos fogos arranca em Abril

Organismo vai debruçar-se sobre temas como a gestão integrada da floresta, dos recursos florestais e dos fogos, a minimização de riscos, os impactos de diferentes ameaças e os novos conceitos de negócio.

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O Laboratório Colaborativo (Colab) ForestWise, cujas actividades incidirão na gestão integrada da floresta e dos fogos, iniciará funções em Abril, disse o presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC Tec), José Manuel Mendonça.

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O Laboratório Colaborativo (Colab) ForestWise, cujas actividades incidirão na gestão integrada da floresta e dos fogos, iniciará funções em Abril, disse o presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC Tec), José Manuel Mendonça.

O presidente do conselho de administração do INESC Tec falava à agência Lusa à margem do workshop Gestão e Governança de Incêndios Rurais, que decorre esta terça-feira no instituto, no Porto, e que surge no âmbito das actividades de lançamento do ForestWise.

Este laboratório colaborativo, cuja candidatura contou com José Manuel Mendonça e com o administrador do INESC TEC João Claro, vai debruçar-se sobre temas como a gestão integrada da floresta, dos recursos florestais e dos fogos, a minimização de riscos, os impactos de diferentes ameaças e os novos conceitos de negócio e serviços para o sector florestal.

O ForestWise terá “duas grandes áreas de intervenção: uma a curto e médio prazo, que passa pela prevenção, gestão e combate dos fogos rurais, e outra a médio e longo prazo, referente à gestão da floresta. São duas agendas interligadas”, indicou o também professor do Departamento de Engenharia e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Este laboratório surgiu na sequência dos problemas que o país tem enfrentado no desenvolvimento e gestão das áreas rurais, agravados pelas alterações climáticas, com consequências ao nível dos fogos, referiu.

“Em Portugal, as competências nas áreas da floresta e dos fogos estão fragmentadas por muitos grupos de investigação, de várias universidades e institutos. Com o ForestWise vai ser possível criar massa crítica e projectos que agreguem as várias competências, com dimensão, e que sirvam os propósitos do interesse privado e público nestas áreas”, disse. No laboratório colaborativo estará presente “praticamente toda a competência nacional de investigação nas áreas da floresta e dos fogos”, acrescentou.

Através do trabalho desenvolvido no ForestWise, José Manuel Mendonça espera que daqui a cinco anos questões sobre a prevenção, a gestão e o combate aos fogos “deixem de ser tão importantes como agora”, o que seria “bom sinal”.

Além do INESC Tec, que liderou a candidatura à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a comissão instaladora do ForestWise conta com instituições e empresas.

Os laboratórios colaborativos são promovidos pelo Governo para estimular a criação de emprego qualificado gerador de valor económico e social em Portugal, através da investigação e inovação, juntando empresas, universidades e centros científicos e respondendo, assim, ao desafio da densificação do território nacional em termos de actividades baseadas em conhecimento.