Sampaio e Guterres, ascensões em paralelo

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António Guterres e Jorge Sampaio no IX Congresso do PS, em Maio de 1990 FERNANDO VELUDO

Em Maio de 1990, no IX Congresso do PS, Jorge Sampaio era líder do partido e António Guterres o membro do secretariado nacional responsável pela organização. Pouco mais de um ano depois, em Outubro de 1991, perdeu as legislativas para a segunda maioria absoluta de Cavaco Silva, numa noite eleitoral que Guterres assinalou com uma frase mortal para o derrotado. "Estou chocado!", disse então aos jornalistas, abrindo caminho para a corrida à liderança, em que tinha sido ultrapassado por Sampaio em 1989.

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Em Maio de 1990, no IX Congresso do PS, Jorge Sampaio era líder do partido e António Guterres o membro do secretariado nacional responsável pela organização. Pouco mais de um ano depois, em Outubro de 1991, perdeu as legislativas para a segunda maioria absoluta de Cavaco Silva, numa noite eleitoral que Guterres assinalou com uma frase mortal para o derrotado. "Estou chocado!", disse então aos jornalistas, abrindo caminho para a corrida à liderança, em que tinha sido ultrapassado por Sampaio em 1989.

Ao longo dos anos a convivência difícil mas sempre civilizada entre ambos processou-se com Sampaio na Presidência (1996-2006) e Guterres à frente do Governo (1995-2002). Seguiu-se o percurso internacional nas Nações Unidas. Sampaio foi enviado especial para a Luta contra a Tuberculose (2006) e depois alto-representante da ONU para a Aliança das Civilizações (2007). Guterres foi alto-comissário para os Refugiados (2005-2015) e desde 2016 é secretário-geral da ONU.