Casa da Música terá festival totalmente dedicado ao feminino
Música no Feminino chegará em Setembro de 2019, será "inteiramente dedicado a mulheres compositoras, a maestrinas, a solistas femininas" e pretende "chamar a atenção para um assunto que está na ordem do dia", diz ao PÚBLICO António Jorge Pacheco, director da Casa da Música
Em Setembro de 2019, haverá um festival especial na Casa da Música. Especial pelo contexto e pela programação. Especial porque, na verdade, pretende ser uma chamada de atenção. Música no Feminino, assim se chamará o festival, organizado e protagonizado por mulheres, que a instituição portuense acolherá então. A revelação foi feita por António Jorge Pacheco, director da Casa da Música, no âmbito do Festival P, que o PÚBLICO levou no sábado ao Hard Club, no Porto.
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Em Setembro de 2019, haverá um festival especial na Casa da Música. Especial pelo contexto e pela programação. Especial porque, na verdade, pretende ser uma chamada de atenção. Música no Feminino, assim se chamará o festival, organizado e protagonizado por mulheres, que a instituição portuense acolherá então. A revelação foi feita por António Jorge Pacheco, director da Casa da Música, no âmbito do Festival P, que o PÚBLICO levou no sábado ao Hard Club, no Porto.
“Será inteiramente dedicado a mulheres compositoras, a maestrinas, a solistas femininas e chamará a atenção para um assunto que está na ordem do dia”, diz o director da Casa da Música ao PÚBLICO. “O mundo da música tem sido muito dominado pelos homens, e são os homens que, na sua esmagadora maioria, a protagonizam”. Falamos de um universo, afirma, “muito associado a uma certa masculinidade, a uma ideia masculina de autoridade”. Algo que é importante desmistificar, num contexto em que “há cada vez mais mulheres a dirigir orquestras, em que há excelentes solistas e excelentes compositoras”.
O Música no Feminino, cuja programação, que contemplará quatro concertos, será apresentada em Novembro, quando da apresentação da temporada 2019 da Casa da Música, será totalmente conjugado no feminino: serão mulheres as directoras musicais, as solistas, as maestrinas, as compositoras interpretadas. “É um gesto que a Casa da Música dá como contributo para a sociedade”, defende António Jorge Pacheco