A LEGO quer deixar de usar petróleo no fabrico das suas peças
A empresa dinamarquesa vai dizer adeus a algumas peças feitas de petróleo e apostar na produção a partir de cana-de-açúcar
Quem é que nunca brincou com os blocos e as figuras da LEGO? Construir veículos, casas, castelos, montanhas, naves espaciais: o imaginário era — e é — infinito. Mas, tal como a grande parte dos brinquedos, tem petróleo na lista dos materiais que os constituem. Contudo, esta quinta-feira, 1 de Março, a marca dinamarquesa anunciou que vai produzir peças de árvores e arbustos mais macios a partir de um plástico à base de cana-de-açúcar, abolindo, gradualmente, a utilização de petróleo.
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Quem é que nunca brincou com os blocos e as figuras da LEGO? Construir veículos, casas, castelos, montanhas, naves espaciais: o imaginário era — e é — infinito. Mas, tal como a grande parte dos brinquedos, tem petróleo na lista dos materiais que os constituem. Contudo, esta quinta-feira, 1 de Março, a marca dinamarquesa anunciou que vai produzir peças de árvores e arbustos mais macios a partir de um plástico à base de cana-de-açúcar, abolindo, gradualmente, a utilização de petróleo.
"Pode soar pretensioso, mas acreditamos ser nosso dever para com as crianças não prejudicar o planeta ao constuir os seus brinquedos favoritos", referiu Tim Brooks, o vice-director do centro de responsabilidade ambiental e materiais sustentáveis da LEGO, numa entrevista citada pelo Mashable.
Segundo a mesma fonte, a LEGO já começou a adquirir a matéria-prima e a cana-de-açúcar para o fabrico está a ser cultivada em terrenos agrícolas já existentes. Ou seja, nenhuma árvore da floresta amazónica foi cortada para plantar as canas-de-açúcar. Sim, porque as plantações terão lugar no Brasil, onde a marca de brinquedos já começou a negociar.
Com o nome comum "plástico-verde" (devido à composição 100% reciclável e renovável), este tipo de material sustentável vai mesmo fazer parte de todas as pequenas árvores e arbustos dentro das caixas — isto, pelo menos, até ao final de 2018, como prevê Tim Brooks. Contudo, o vice-director refere ter também conhecimento de que este avanço representa apenas 1 ou 2% de todo o universo dos milhares (milhões?) de peças produzidas, sendo que, peça a peça, a empresa dinamarquesa espera ter uma (maior) gama de produtos de origem sustentável até 2030.
Esta, contudo, não é a primeira vez que a LEGO dá um passo com vista a diminuir a sua pegada ambiental: já em 2015, a marca encolheu as caixas de cartão de modo a diminuir o espaço vazio dentro das mesmas e a transportar mais de uma só vez.