Trump e o acesso às armas: “Seria tão bonito ter uma lei que todos apoiassem"
O Presidente norte-americano reuniu-se com 17 senadores democratas e republicanos para discutir a restrição de acesso a armas.
Donald Trump reuniu-se com um grupo de senadores para apelar a uma lei sobre o acesso às armas. O encontro teve lugar na quarta-feira, na Casa Branca, e contou com representantes do Partido Republicano e do Partido Democrata.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Donald Trump reuniu-se com um grupo de senadores para apelar a uma lei sobre o acesso às armas. O encontro teve lugar na quarta-feira, na Casa Branca, e contou com representantes do Partido Republicano e do Partido Democrata.
A reunião foi transmitida em directo pelos media norte-americana. Esteve em discussão um controlo mais apertado no acesso às armas de fogo.
“Não podemos ficar à espera, em joguinhos sem se fazer nada”, disse o Presidente dos Estados Unidos. “Queremos parar os problemas”, acrescentou, duas semanas depois de um ataque na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, na Florida, ter provocado 17 mortos.
“Não se pode comprar um revólver com 18, 19 ou 20 anos. Mas pode-se comprar uma das armas usadas para concretizar este ataque”, disse Trump, referindo-se à AR-15 usada pelo atirador da Florida, um ex-aluno.
Trump apresentou-se como um Presidente conciliador, enquanto tecia comentários e críticas à Administração Obama. “Seria tão bonito ter uma lei que todos apoiassem e não 15 leis diferentes. Uma por cada pessoa. Está na altura de um Presidente intervir”, disse.
E apesar de se apresentar como “o maior fã da National Rifle Association [NRA, a poderosa associação das armas]”, Trump acusou alguns senadores republicanos de “terem medo” do grupo. “Sou um grande fã da NRA. São excelentes pessoas, são grandes patriotas. Adoram o nosso país”, garantiu Trump. Logo a seguir ressalvou que “isso não significa que temos de concordar em tudo”. Na terça-feira Trump revelou ter almoçado com membros da NRA e insistiu que não existem razões para ter medo.
O debate sobre acesso a armas de fogo está no centro da actualidade dos Estados Unidos. Na última semana, Donald Trump pediu ao procurador-geral, Jeff Sessions, legislação para impedir a venda de equipamento que aumenta o poder de fogo das armas semiautomáticas semelhantes à que foi usada no ataque na Florida. Na mesma semana encontrou-se com sobreviventes, professores e familiares das vítimas do ataque à escola Marjory Stoneman Douglas, onde anunciou que estava a ponderar uma proposta para fornecer armas de fogo aos professores como medida de prevenção de tiroteios em escolas.
Trump apontou o dedo ao senador republicado da Pensilvânia, Pat Toomey, por uma das leis aprovada em 2013 — após o massacre à escola de Sandy Hook — não responder ao aumento da idade mínima para comprar determinadas armas. “Sabes porquê? Porque tens medo da NRA”, disse o Presidente.
De fora do encontro ficou o senador democrata da Florida, Bill Nelson. Já o republicano Marco Rubio foi convidado a participar.