Companhia de seguros recusa-se a pagar defesa de Harvey Weinstein
Segundo a companhia, ofensas como assédio sexual e violação não são consagradas pelo contrato.
O calvário de Harvey Weinstein parece não chegar ao fim. Desta vez a seguradora do ex-produtor, a Chubb Indemnity Insurance Company, recusa-se a pagar os custos da defesa legal nos 11 processos por assédio sexual e violação que foram levantados contra ele. A seguradora alega que os crimes pelos quais o produtor norte-americano irá responder em tribunal não são cobertos pela apólice.
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O calvário de Harvey Weinstein parece não chegar ao fim. Desta vez a seguradora do ex-produtor, a Chubb Indemnity Insurance Company, recusa-se a pagar os custos da defesa legal nos 11 processos por assédio sexual e violação que foram levantados contra ele. A seguradora alega que os crimes pelos quais o produtor norte-americano irá responder em tribunal não são cobertos pela apólice.
Os advogados de Weinstein exigiram mais do que uma vez à seguradora o pagamento dos custos da defesa judicial do produtor, com base nos 16 contratos celebrados entre as duas partes e que se mantêm em vigor desde 1994. As apólices incluíam o seguro de peças de arte de alto valor e danos de propriedade. Algumas das apólices cobrem danos pessoais e de propriedade privada causados pelo produtor, contudo a seguradora sublinha que estas ofensas só devem ser cobertas quando causadas acidentalmente, e não propositadamente e em plena consciência como, segundo a empresa, aconteceu na má conduta sexual de Harvey Weinstein. Segundo a companhia, ofensas como assédio sexual não são consagradas pelo acordo.
Num comunicado, a companhia argumenta que “os actos do Senhor Weinstein são de uma natureza tal que qualquer pessoa razoável teria previsto as suas consequências”. E alega ainda que “a defesa legal não será coberta pela empresa pois o seu contrato exclui a cobertura de actos intencionais”.
O influente produtor de Hollywood, que caiu em desgraça depois de ser acusado de assédio sexual e violação por cerca de 70 mulheres, enfrenta agora inúmeros processos judiciais, incluíndo um suscitado pelo procurador-geral do estado de Nova Iorque, Eric Schneiderman, no qual é acusado de violação dos direitos civis e humanos. Harvey Weinstein sempre negou que alguma vez tenha tido relações sexuais com alguém sem o devido consentimento.