Vento vira embarcações e causa estragos em viaturas em Faro

Autoridades pedem à população que evite circular no topo de arribas ou em zonas próximas do mar.

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PAULO PIMENTA/Arquivo

Um fenómeno semelhante a um tornado virou esta tarde mais de uma dezena de embarcações na marina de Faro, causando também estragos em viaturas e destruindo uma esplanada, disse à Lusa fonte da capitania.

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Um fenómeno semelhante a um tornado virou esta tarde mais de uma dezena de embarcações na marina de Faro, causando também estragos em viaturas e destruindo uma esplanada, disse à Lusa fonte da capitania.

Em declarações à Lusa, o capitão do porto de Faro, Nuno Cortes Lopes, avançou que o fenómeno "semelhante a um pequeno tornado", que poderá ter começado a formar-se na Praia de Faro, ocorreu cerca das 17h30, sem provocar danos pessoais.

"Dez ou 15 embarcações que estavam fundeadas viraram-se ao contrário, mas nenhuma está à deriva", precisou o também comandante da Zona Marítima do Sul, acrescentando que, para já, não existe perigo para outras embarcações. O vento forte destruiu também os vidros que ladeiam uma esplanada situada em frente à doca de Faro, partindo também vidros de viaturas que se encontravam estacionadas no local.

Frederico Farias, uma testemunha local, estava no lado nascente da praia, quando "o mar alisou e de um momento para o outro o vento começou a levantar as ondas". Contou ao PÚBLICO que registou o momento em que o fenómeno se formou. "Foi onde se formou o tornado, mesmo ali em frente. Depois pelo que seguiu em direcção à cidade de Faro, onde fez bastantes estragos à sua paisagem", completou.

Luis Veriato, uma segunda testemunha local, registou o momento a partir Rua Aboim Ascensão, pelas 16h30. Detalhou ao PÚBLICO que o fenómeno "passou na doca e fez estragos em barcos e cafés".

Segundo Nuno Cortes Lopes, à excepção das barras marítimas de Portimão e Lagos, todas as outras barras do Algarve estão fechadas, ou seja, as de Alvor, Albufeira, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

Aquele responsável apelou à precaução por parte dos profissionais ligados ao mar, mas também por parte dos pescadores lúdicos e cidadãos, que devem evitar passear em molhes, no topo de arribas ou em zonas próximas do mar.