PSD quer "dar força à posição portuguesa" em Bruxelas
Governo reúne-se com o PSD para falar de fundos estruturais, mas na sua agenda ainda não está marcada nenhuma conversa à esquerda.
Castro Almeida e Pedro Marques sentam-se esta terça-feira à mesa para conversarem, pela primeira vez, sobre a estratégia a levar a Bruxelas em matéria de fundos estruturais. De um lado estará o PSD e do outro o Governo. Mas, neste caso, o lado é o mesmo. “Vamos alinhar uma argumentação que defenda a posição portuguesa perante as instituições europeias. Queremos dar força à posição do Governo para que se apresente com um consenso alargado”, assume Castro Almeida em declarações ao PÚBLICO.
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Castro Almeida e Pedro Marques sentam-se esta terça-feira à mesa para conversarem, pela primeira vez, sobre a estratégia a levar a Bruxelas em matéria de fundos estruturais. De um lado estará o PSD e do outro o Governo. Mas, neste caso, o lado é o mesmo. “Vamos alinhar uma argumentação que defenda a posição portuguesa perante as instituições europeias. Queremos dar força à posição do Governo para que se apresente com um consenso alargado”, assume Castro Almeida em declarações ao PÚBLICO.
Esta primeira reunião, cujo horário os intervenientes combinaram não divulgar, servirá para definir o calendário e a metodologia de trabalho que levará PSD e Governo a identificar os pontos sobre os quais poderá haver entendimento para trazer o maior envelope financeiro possível para Portugal. “Temos de nos ajustar aos calendários acordados com a União Europeia”, explica o social-democrata.
Para já, é possível acrescentar que as conversas terão dois momentos distintos: uma primeira fase em que a ideia é definir o argumentário a levar a Bruxelas e uma segunda em que as negociações se passarão em Lisboa com vista a definir a afectação das verbas negociadas.
Nessa segunda fase - que de acordo com o negociador do PSD, Castro Almeida, é “mais exigente, mais complexa e de acordo menos óbvio” - é o país, soberanamente, a fazer as escolhas. Aqui entrarão, por isso, “as grandes linhas” e as grandes apostas ao nível dos investimentos.
E nessa matéria, quem já deu algumas pistas foi o Bloco de Esquerda. Apesar de, ao que o PÚBLICO apurou, o BE não ter qualquer encontro agendado nem com o PS nem com o Governo para discutir o tema dos fundos estruturais, a verdade é que o partido aproveitou as jornadas parlamentares para lançar as pistas para aquelas que virão a ser as “opções de investimento público que combatam os problemas estruturais da economia portuguesa”. A prioridade do Bloco chama-se ferrovia.
O PÚBLICO questionou o PCP sobre se há algum encontro previsto com o Governo ou com o PSD para discutir a descentralização ou a aplicação dos fundos comunitários, mas os comunistas não responderam sobre se há reuniões agendadas, reagindo assim. "Essas duas matérias têm sido tratadas em vários momentos e espaços, sendo conhecidas inclusivamente do PS, as posições do PCP sobre o chamado processo de descentralização e fundos comunitários quer quanto à reprogramação do actual Quadro (Portugal 2020) quer quanto ao futuro (Portugal 2030). Como o PCP tem sublinhado, o objectivo da 'Descentralização' não pode ser aproveitado para dar corpo a um processo de desresponsabilização do Estado e transferência de encargos para as autarquias com prejuízos para as populações e o seus direitos." com Maria Lopes e Luciano Alvarez
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