SEF desmantela rede que forçava mulheres a prostituírem-se
Vítimas eram espancadas, violadas e obrigadas a prostituírem-se sem preservativo em 20 casas de norte a sul do país.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou na quarta-feira uma rede criminosa, liderada por uma cidadã de nacionalidade estrangeira, que explorava duas dezenas de locais de prostituição de norte a sul do país, incluindo em Caldas da Rainha, Cadaval, Santarém, Leiria, Ourém, Nazaré, Évora, Quarteira e Faro.
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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou na quarta-feira uma rede criminosa, liderada por uma cidadã de nacionalidade estrangeira, que explorava duas dezenas de locais de prostituição de norte a sul do país, incluindo em Caldas da Rainha, Cadaval, Santarém, Leiria, Ourém, Nazaré, Évora, Quarteira e Faro.
A investigação, sob a direcção do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) do Ministério Público, partiu de uma denúncia telefónica. As vítimas eram obrigadas "a praticar a prostituição e a fazer sexo sem preservativo”. Eram mantidas em "cativeiro", "passavam fome" e eram "espancadas e violadas".
De acordo com o SEF, a operação resultou na reunião de um conjunto considerável de provas, bem como na apreensão de quantidades avultadas de ouro numa das casas, de centenas de milhares de euros em cheques, dois automóveis, material informático e outros materiais que relacionam os suspeitos com a actividade criminosa.
Na operação foram identificadas trinta e seis pessoas, trinta das quais de nacionalidade estrangeira. Foram ainda detidas três pessoas — duas de nacionalidade portuguesa e uma de nacionalidade estrangeira, com idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos. Os suspeitos serão nesta quinta-feira presentes ao Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coacção.