Sistema de alerta por SMS e avisos nos media é lançado este ano

O novo sistema de alerta a populações de emergência de protecção civil está a ser desenvolvido e deverá estar em funcionamento este ano.

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PAULO PIMENTA

A nova forma de as autoridades avisarem as populações do risco de incêndios, cheias, tsunamis, ou outro fenómeno natural que possa ser antecipado está a ser trabalhada entre a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), operadores de telemóveis, agentes de protecção civil, rádios e televisões e deverá estar operacional já este ano.

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A nova forma de as autoridades avisarem as populações do risco de incêndios, cheias, tsunamis, ou outro fenómeno natural que possa ser antecipado está a ser trabalhada entre a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), operadores de telemóveis, agentes de protecção civil, rádios e televisões e deverá estar operacional já este ano.

Depois de uma primeira reunião entre todos os intervenientes no dia 16 de Fevereiro, vão agora ser criados grupos técnicos para desenvolver a solução final que deverá passar pelo envio de mensagens escritas para os telemóveis que estejam nas zonas de emergência e por avisos mais concretos em rádios e televisões, com a informação do risco, mas também sobre os comportamentos que devem ser adoptados pela população em risco.

De acordo com o comunicado da Anacom, a solução vai inspirar-se em sistemas que existem noutros países. "Serão tidas em consideração as melhores práticas já seguidas noutros países, nos quais são utilizados sistemas de aviso à população potencialmente afectada pela ocorrência ou iminência de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe (incêndios florestais, tsunamis, fenómenos meteorológicos adversos, cheias, rutura de barragens, emergências radiológicas, acidentes em estabelecimentos industriais, atentados terroristas, outros), com o objectivo de prestar informação sobre o evento em causa e sobre as medidas de autoprotecção a adoptar", lê-se no comunicado.

A criação deste sistema foi decidido pelo Governo no Conselho de Ministros especial de 21 de Outubro, onde foram apresentadas várias medidas de protecção e combate a incêndios florestais. 

A necessidade deste sistema foi salientada na altura do incêndio de Pedrógão Grande, mas foi sobretudo sentida nos incêndios de 15 de Outubro, quando as condições meteorológicas que se previam para aquele dia era potenciadoras de um maior risco. Naquele dia, havia a previsão de ventos muito fortes por causa dos efeitos do furacão Ophelia e de chuva em algumas zonas do país. As autoridades acreditam que esta previsão proporcionou a realização de um grande número de queimadas, dada a previsão de chuva nas horas que se seguiam. Nesse dia, a protecção civil registou mais de 500 ignições.