Autoeuropa com pré-acordo para subir salários em 3,2%
A administração da Autoeuropa e a Comissão de Trabalhadores (CT) chegaram a um pré-acordo que, entre outros aspectos, prevê um aumento dos salários em 3,2% para este ano.
As conclusões das negociações do caderno reinvindicativo vão agora ser votadas em plenários de trabalhadores no dia 27 de Fevereiro, naquele que será mais um teste para a actual CT.
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As conclusões das negociações do caderno reinvindicativo vão agora ser votadas em plenários de trabalhadores no dia 27 de Fevereiro, naquele que será mais um teste para a actual CT.
De acordo com o documento distribuído aos trabalhadores, o aumento de 3,2% (a inflação prevista pelo Governo para este ano é de 1,4%) tem por base um valor mínimo de 25 euros, com retroactivos a 1 de Outubro do ano passado (data em que caducou o acordo que estava em vigor).
Há ainda vários outros pontos, como “o pagamento de uma gratificação de cem ou duzentos euros conforme a antiguidade”, “condições especiais para grávidas com o pagamento de um subsídio no valor de 10% do salário”.
Desde o início deste mês que os trabalhadores têm de trabalhar também aos sábados, com dois turnos, de modo a cumprir com as metas de produção do novo veículo, o T-Roc, numa acção unilateral da administração após os trabalhadores não terem apoiado o pré-acordo negociado entre a CT e a administração.
Conforme já noticiou o PÚBLICO, a laboração ao sábado vai permitir aumentar em 10% o número de T-Roc produzidos na fábrica da Volkswagen (VW) em Palmela. De acordo com os dados da empresa, até aqui eram montados em média 3202 T-Roc por semana, valor que sobe agora para 3522 veículos. A aceleração serve para a fábrica responder às encomendas do seu modelo mais recente, um veículo utilitário desportivo. A estimativa da empresa aponta para 183.000 T-Roc este ano, de um total de cerca de 240.000 unidades (com o Sharan e Seat Alhambra), mais do que duplicando os valores do ano passado e levando a fábrica para um novo patamar em termos de volume de produção.