Polícias e militares pedem respostas sobre o descongelamento de carreiras
Associações reuniram-se nesta terça-feira para votar moção remetida ao primeiro-ministro. Se descongelamento não acontecer, “Governo estará a empurrar as organizações para mais protestos”.
A promessa de que as negociações tendo em vista o descongelamento das progressões nas carreiras iria iniciar-se em Janeiro estava inscrita no Orçamento do Estado de 2018. Mas polícias e militares começam a ficar impacientes. Exigem ser chamados pelo Governo para debater o assunto, como está a acontecer com outros sectores profissionais. E vão dizendo que pretendem também que o tempo de serviço respeitante ao período de congelamento, entre 2011 e 2017, venha a ser contabilizado.
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A promessa de que as negociações tendo em vista o descongelamento das progressões nas carreiras iria iniciar-se em Janeiro estava inscrita no Orçamento do Estado de 2018. Mas polícias e militares começam a ficar impacientes. Exigem ser chamados pelo Governo para debater o assunto, como está a acontecer com outros sectores profissionais. E vão dizendo que pretendem também que o tempo de serviço respeitante ao período de congelamento, entre 2011 e 2017, venha a ser contabilizado.
“Têm existido reuniões entre outras associações e os respectivos ministérios (como os professores), para debater o assunto, mas nós nunca fomos convocados”, diz o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues. “Não sabemos o que vai acontecer. Não sabemos qual a intenção do Governo."
Durante a tarde desta terça-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), o Sindicato Independente dos Agentes da Polícia (SIAP), a Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR), a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças reuniram-se na Fundação D. Pedro IV, em Lisboa, para debater o descongelamento e progressão das carreiras.
Do encontro, resultou um documento, que tem como destinatário o primeiro-ministro. As associações declaram que não aceitam “esta desconsideração” e pedem que se "cumpra o previsto por forma a definir um modelo de transição”, detalha Paulo Rodrigues.
O representante sindical espera “uma resposta num prazo razoável depois de entregue a moção”, entre oito a 15 dias. Caso isso não aconteça, o “Governo estará a empurrar as organizações para mais protestos”. Uma atitude que “não pretendíamos tomar”.
Apesar da diversidade das associações envolvidas no encontro e de quem representam, o responsável da ASPP/PSP diz que “há um consenso” em relação a este tema. “Estamos todos na mesma situação.”
Em Janeiro, os polícias e as forças militares já tinham remetido um ofício sobre esta matéria ao primeiro-ministro, que foi encaminhado para os ministérios, mas não teve resultados práticos. No início de Fevereiro, o SPP/PSP também pedia uma reunião de urgência com o ministro da Administração Interna, pela "grave situação" do descongelamento de carreiras.