Malásia pede desculpa por galo que ladra

O Governo da Malásia queria desejar um feliz Ano do Cão, mas uma "falha técnica" acabou por resultar numa ofensa à comunidade chinesa.

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O ano novo chinês chegou a 16 de Fevereiro LUSA/TONI ALBIR

Após uma chuva de críticas, o Governo da Malásia pediu este fim-de-semana desculpa por um anúncio de uma página inteira em jornais chineses que tinha como intuito celebrar a chegada do novo ano chinês. Isto porque no anuncio figurava um galo, e não um cão, a ladrar.

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Após uma chuva de críticas, o Governo da Malásia pediu este fim-de-semana desculpa por um anúncio de uma página inteira em jornais chineses que tinha como intuito celebrar a chegada do novo ano chinês. Isto porque no anuncio figurava um galo, e não um cão, a ladrar.

O Ano do Cão começou na sexta-feira, 16 de Fevereiro, dando fim ao Ano do Galo. E o objectivo do anúncio, encomendo pelo Ministério do Comércio da Malásia, era precisamente desejar um feliz Ano do Cão. Mas sem recorrer à imagem de um cão.

Isto porque, como recorda a BBC, o cão é visto em alguns sectores muçulmanos mais conservadores da sociedade malaia como um animal impuro, o que leva muitas empresas e serviços a não recorrerem à sua imagem em campanhas publicitárias.

Mas naquele país maioritariamente muçulmano, a comunidade chinesa constitui 25% da população. O recurso à imagem do galo acabou assim por ofender outra fatia significativa dos malaios.

Perante uma chuva de críticas, o Governo viu-se forçado a pedir desculpa pelo que qualificou como uma “falha técnica”.

Entretnato, a imagem do anúncio tem sido partilhada nas redes sociais — havendo tanto quem se ofenda, como quem ache ridículo ou quem se ria do episódio — “É triste que as pessoas pensem que ver um cão num papel lhes arruinará a religião”, comentou uma utilizadora no Twitter.