Dez nomes que vão marcar o primeiro congresso do novo líder
O conclave arranca com Passos e termina com Rio
Protagonistas há muitos e estes são os que, aposta o PÚBLICO, vão fazer correr muita tinta na sequência das intervenções que farão no conclave. Da despedida de Pedro Passos Coelho ao discurso de pacificação (será?) de Pedro Santana Lopes, quem vai marcar o 37º conclave laranja?
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Protagonistas há muitos e estes são os que, aposta o PÚBLICO, vão fazer correr muita tinta na sequência das intervenções que farão no conclave. Da despedida de Pedro Passos Coelho ao discurso de pacificação (será?) de Pedro Santana Lopes, quem vai marcar o 37º conclave laranja?
Pedro Passos Coelho
É a despedida de um dos políticos que liderou o PSD durante mais anos seguidos – o campeão é Cavaco Silva. Passos Coelho sai do partido, sai do Parlamento, mas pode não sair da política. Até agora, o que disse foi que não gostava de completar o mandato “a fazer comentários sobre o futuro” do partido. “Que foi um futuro a que não concorri”, disse em Coimbra. Esta noite, em Lisboa, dirá mais. A despedida do último primeiro-ministro que o PSD teve é um dos momentos mais aguardados do congresso.
Rui Rio
O líder eleito tem feito os possíveis para se manter em silêncio até ao congresso e tem conseguido. Deu apenas uma entrevista e disse umas palavras de circunstância quando visitou a sede do partido, após as directas. Deste modo, criou uma grande expectativa em relação à sua primeira intervenção marcada para hoje, depois de Passos Coelho se despedir. O impacto que vai causar dentro do PSD, e sobretudo fora, pode ser decisivo para o seu futuro.
Luís Montenegro
É um dos discursos mais aguardados do congresso. O ex-líder parlamentar do PSD, visto como um futuro candidato à liderança, já veio exigir a Rui Rio que vença as próximas legislativas e discorda frontalmente da estratégia desenhada pelo novo presidente do PSD. “Devemos ser sérios, mas não ser parvos”, disse, a propósito da intenção de Rio de viabilizar um Governo PS se o PSD não tiver maioria para governar.
Hugo Soares
Eleito por larga maioria há sete meses, Hugo Soares deixa a liderança parlamentar por vontade de Rui Rio. Mas vai ao congresso ainda formalmente em funções. Esta quinta-feira, depois de anunciada a candidatura de Fernando Negrão à sua sucessão, Hugo Soares assegurou que não estará na oposição a Rio e que será um “soldado” do novo líder. Mas já fez saber que falará aos jornalistas, esta sexta-feira, quando chegar ao congresso.
Miguel Pinto Luz
É um protagonista improvável, não fosse a carta nada meiga que escreveu ao líder. Traçou linhas vermelhas, fez exigências e mostrou que estará cá para fazer perguntas inconvenientes. Curiosamente, recebeu um conselho indirecto do seu “presidente” - Pinto Luz é vice da Câmara de Cascais. Carlos Carreiras escreveu, no jornal i, que após o congresso tudo o que for críticas ao líder é ajudar o PS e essa nunca foi a vocação do PSD.
Pedro Pinto
Como primeiro subscritor da moção da distrital de Lisboa, este conhecido santanista vai estar em cima do palanque a falar de estratégia política. O texto defende que o PSD deve assumir-se como um “bloco de moderação” e “uma “opção clara contra o bloco liderado por António Costa”. Uma alternativa ao discurso do líder?
José Eduardo Martins
O ex-governante e ex-deputado não tem, actualmente, nenhum palco privilegiado no partido (tem na televisão), mas vai tê-lo no congresso. Era dado como possível candidato, mas nunca o assumiu. É uma reserva para o futuro e pode ser uma consciência crítica do partido. Nada se sabe sobre o que pretende dizer no conclave. Desta geração, Também Pedro Duarte e Carlos Moedas serão protagonistas importantes no congresso. Os dois escreveram uma moção conjunta.
Fernando Negrão
Entra na reunião-magna na qualidade de candidato à liderança da bancada parlamentar (uma escolha polémica), mas o grande desafio é saber como sai de lá. Conseguirá, com apenas um discurso e manobras de bastidores, fazer-se eleger, no dia 22, sem incidentes?
Paulo Rangel
O eurodeputado é uma das vozes que o PSD gosta de ouvir em congresso. Como se manteve equidistante durante a campanha – depois de anunciar que não seria candidato – falta agora saber que mensagem pretende partilhar com os congressistas. É possível que saia de Lisboa sem saber se é a opção de Rio para encabeçar a lista do PSD às europeias de 2019.