Deputados portugueses vão a Espanha recolher informação sobre mina de urânio
Tal como em Almaraz, as autoridades espanholas não accionaram o mecanismo de avaliação ambiental partilhada.
Uma delegação da Assembleia da República desloca-se a Retortillo (Espanha), na próxima semana, para avaliar impactos da instalação de uma mina de urânio a céu aberto perto da fronteira portuguesa de Almeida, disse à agência Lusa fonte parlamentar. “Há um risco de contaminação por via área e também fluvial, através da bacia hidrográfica do Douro, uma vez que todas as escorrências vão dar ao rio”, disse à Lusa o deputado Pedro Soares (BE), que integra a delegação portuguesa.
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Uma delegação da Assembleia da República desloca-se a Retortillo (Espanha), na próxima semana, para avaliar impactos da instalação de uma mina de urânio a céu aberto perto da fronteira portuguesa de Almeida, disse à agência Lusa fonte parlamentar. “Há um risco de contaminação por via área e também fluvial, através da bacia hidrográfica do Douro, uma vez que todas as escorrências vão dar ao rio”, disse à Lusa o deputado Pedro Soares (BE), que integra a delegação portuguesa.
Os deputados vão visitar o local onde a empresa (Berkeley) pretende fazer a exploração e manterão contactos com as autoridades locais.
O Governo português já pediu informação sobre a matéria, indicou o deputado, acrescentando que as autoridades espanholas não accionaram o mecanismo de avaliação ambiental partilhada. “É uma situação idêntica à de Almaraz [central nuclear, junto ao rio Tejo, a cem quilómetros da fronteira com Portugal], que levou o Governo português a fazer um protesto”, explicou.
Segundo o deputado, o Governo espanhol já fez a sua avaliação, mas as autoridades portuguesas não foram envolvidas. “Estamos preocupados e temos recebido preocupações dos autarcas. A mina já está a ser instalada, já começaram a cortar árvores”, afirmou Pedro Soares.
A visita inicia-se no domingo, com contactos com as autoridades portuguesas, prosseguindo em Espanha no dia seguinte. “A Comissão de Ambiente foi contactada. Agora vamos analisar a situação e recolher toda a informação possível para depois, na Assembleia da República, podermos tomar mais iniciativas sobre esta questão”, declarou.