EUA preparam novas tarifas sobre a importação de metais
Donald Trump tem três opções em cima da mesa, naquele que poderá ser um passo decisivo na implementação de uma política comercial proteccionista
A Casa Branca está cada vez mais perto de passar das palavras aos actos, concretizando a sua intenção de pôr em prática uma política comercial proteccionista que penalize as importações que chegam ao país.
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A Casa Branca está cada vez mais perto de passar das palavras aos actos, concretizando a sua intenção de pôr em prática uma política comercial proteccionista que penalize as importações que chegam ao país.
De acordo com vários meios de comunicação social norte-americanos, o secretário do Comércio norte-americano, Wilbur Ross, entregou a Donald Trump um documento em que sugere três formas possíveis de limitar a entrada de ferro e alumínio importados nos Estados Unidos. O presidente poderá optar por uma das três opções ou por uma combinação das opções apresentadas.
No caso do ferro, a primeira hipótese em cima da mesa é a aplicação de uma taxa alfandegária de 24% sobre todas as importações desse produto feitas pelos Estados Unidos, independentemente de onde são provenientes. A segunda alternativa, por seu lado, passa por visar 12 países em particular, aplicando nesses casos uma taxa 53%. Entre esses países estão a China, Rússia e Brasil e não consta nenhum país europeu. Uma terceira hipótese passa por limitar o volume de ferro que é importado pelos Estados Unidos.
As propostas são semelhantes no caso do alumínio, sendo apenas diferentes as taxas a aplicar e os países visados: uma taxa de 7,7% para todos os países ou uma taxa de 23,6% nas importações provenientes de cinco países, também incluindo a China e a Rússia.
Logo na campanha eleitoral e já depois de ser eleito, Donald Trump manifestou por diversas vezes a sua intenção de mudar as regras das relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo, que diz serem injustas. A China – e o seu excedente comercial - sempre foi o parceiro mais criticado pelo presidente norte-americano. Na China e na Europa, a generalidade dos líderes políticos tem alertado para o risco da aplicação de medidas proteccionistas, que poderão levar a retaliações de parte a parte, com efeitos negativos no volume do comércio internacional.