Exposição da Colecção Miró no Palácio da Ajuda recebeu 49.265 visitantes
"Sendo a mesma exposição" que esteve no Porto, "o espaço da Ajuda deu-lhe outra dimensão", diz o ministro da Cultura.
A exposição Joan Miró - Materialidade e Metamorfose, que esteve patente durante cinco meses no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, recebeu um total de 49.265 visitantes, revelou esta sexta-feira o Ministério da Cultura.
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A exposição Joan Miró - Materialidade e Metamorfose, que esteve patente durante cinco meses no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, recebeu um total de 49.265 visitantes, revelou esta sexta-feira o Ministério da Cultura.
Contactado pela agência Lusa sobre o balanço de visitantes, o gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, indicou que 87,8% do público era português.
A mostra completa da chamada Colecção Miró, que esteve patente na Galeria de Pintura Rei D. Luís I, Palácio Nacional da Ajuda, de 8 de Setembro de 2017 a 13 de Fevereiro envolveu 3051 pessoas em visitas guiadas.
A receita global da exposição totalizou 395.400 euros, segundo a mesma fonte.
O ministro da Cultura sublinhou a grande maioria de visitantes portugueses que afluiu à exposição, e recordou que as obras já estiveram durante oito meses no Porto: "Sendo a mesma exposição, o espaço da Ajuda deu-lhe outra dimensão".
"Houve efectivamente um acréscimo de visitantes, o que só prova que foi uma boa decisão manter em Portugal, e em exibição pública as obras de Miró, mesmo estando a Ajuda relativamente fora do circuito turístico de Belém, o que, como se sabe, vai ser corrigido em breve com as obras que estamos a fazer no palácio e que vão permitir também a criação do Museu das Jóias da Coroa", segundo Luís Filipe Castro Mendes.
Ainda segundo a tutela, as obras regressarão agora ao Porto.
Prevista para encerrar a 8 de Janeiro deste ano, a exposição foi prolongada até 13 de Fevereiro, mostrando um período de seis décadas da carreira do artista catalão, de 1924 a 1981.
Entre as obras expostas estavam seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospectiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974.
As peças foram mostradas pela primeira vez numa exposição na Casa de Serralves, no Porto, entre Outubro de 2016 e junho do ano passado, tendo sido vista por 240.048 visitantes.
A coleção de Joan Miró (1893-1983) ficou na posse do Estado Português, após a nacionalização do BPN, em 2008, e estava para ser leiloada em Londres, mas o processo viria a ser interrompido, com um acordo do Estado português e a leiloeira Christie's para revogar o contrato de venda, e manter a coleção em Portugal.
O Governo escolheu a cidade do Porto para acolher a coleção em permanência, na Casa de Serralves.