PCP faz da Saúde uma causa e da alteração das leis laborais uma bandeira
Após a audiência com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa afirma que o Governo ainda “está longe de dar uma resposta cabal” à falta de investimento na saúde.
A alteração das leis laborais será “uma batalha em que o PCP se empenhará nos próximos tempos”, ao mesmo tempo que lutará pelo aumento de investimento na Saúde como uma “causa profunda” numa “questão de interesse nacional”. Foi o que reafirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, após mais de uma hora de audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
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A alteração das leis laborais será “uma batalha em que o PCP se empenhará nos próximos tempos”, ao mesmo tempo que lutará pelo aumento de investimento na Saúde como uma “causa profunda” numa “questão de interesse nacional”. Foi o que reafirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, após mais de uma hora de audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
“Transmitimos ao senhor Presidente a nossa preocupação com os serviços públicos”, que precisam de “resposta urgente”, afirmou o líder comunista, referindo-se em particular aos CTT e à Saúde. Neste sector, considerou mesmo que o actual Governo “não fez pior do que o anterior”, mas no plano do financiamento “está longe de encontrar uma resposta cabal que permita clarificar a importância do Serviço Nacional de Saúde para a vida dos portugueses”. Apontou mesmo a “carência” de equipamentos como uma das grandes falhas, por falta de substituição e reparação dos que se avariam.
“O caminho não é parar, nem retroceder, mas continuar a avançar”, preconizou Jerónimo de Sousa, qualificando a luta pela melhoria das condições do SNS como uma “causa profunda” do PCP. Mas a bandeira é outra, e embora não tenha usado a palavra, o líder comunista deixou-o claro: “A alteração da legislação laboral é um elemento central para repor a justiça e garantir os direitos dos trabalhadores e essa será uma batalha em que o PCP se empenhará nos próximos tempos.”
Jerónimo não quis adiantar que posição terá o PCP no próximo Orçamento do Estado, atirando uma decisão para o momento em que se conhecer a proposta, mas avisando que a prioridade agora é garantir o cumprimento do orçamento deste ano, porque, afirma, “nalgumas áreas não está a ser concretizado”. E também não quis dizer se a eleição do novo líder do PSD irá levar a mudanças de estratégia dos comunistas. “Mais do que as pessoas, o importante são os conteúdos, o que interessa é saber que política executam e defendem”, disse. Ou seja, é válida a resposta que deu sobre Rui Rio: “Logo se vê.”