Pigcasso, a porca que vende quadros por mais de mil euros — e que já tem uma exposição
Já inaugurou a primeira exposição de Pigcasso, a porca resgatada de um matadouro que gosta de pintar. Os quadros, à venda online, custam entre os mil e os três mil euros — e muitos já esgotaram
"De bacon a artista, é como se os porcos pudessem voar”, diz Joanne Lefson, no site que criou para Pigcasso. Sim, leste bem, não nos enganámos a escrever o nome do artista espanhol. É que Pigcasso é o nome de uma porca de dois anos resgatada de um matadouro pelo Farm Sanctuary, um santuário para animais de quinta na África do Sul — e também ela é uma artista, agora com uma exposição itinerante.
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"De bacon a artista, é como se os porcos pudessem voar”, diz Joanne Lefson, no site que criou para Pigcasso. Sim, leste bem, não nos enganámos a escrever o nome do artista espanhol. É que Pigcasso é o nome de uma porca de dois anos resgatada de um matadouro pelo Farm Sanctuary, um santuário para animais de quinta na África do Sul — e também ela é uma artista, agora com uma exposição itinerante.
Joanne, a sua tutora, diz que descobriu “o talento do animal sem querer”. “Entre todos os brinquedos, “os pincéis eram os únicos que ela não comia”, afirma. Decidiu comprar tintas e telas e pô-las à frente da porca, a ver o que acontecia. E foi aí que começaram a surgir as “obras de expressionismo abstracto”, inspiradas nas paisagens que rodeiam o estúdio privado que tem no santuário.
Lefson admite que o animal recebe um cesto com guloseimas, como pipocas e caramelos, de cada vez que pinta, mas garante que nunca “a forçou a pintar”. “Ela pinta quando quer”, dia ao Metro.
Até agora, os trabalhos eram vendidos online, por uma média de 1600 euros por quadro, mas desde 19 de Janeiro que estão expostos em Victoria & Alfred Waterfront, na Cidade do Cabo. E é fácil saber se é um original: Pigcasso assina todas as obras com uma impressão do seu nariz.
A sua nova sala da exposições pop-up é cor-de-rosa (como a artista de 188 quilogramas) e chama-se “Oink”. A “primeira exposição criada por um ser não humano” fica na África do Sul até 5 de Março e depois viaja para a Europa, onde vai passar por Londres, Paris, Berlim e Amesterdão. Todos os lucros revertem para ajudas de custo da organização que diz ser “o único santuário para animais de quinta registado no continente africano”.
“Pigcasso não é muito diferente dos outros porcos, é inteligente, curiosa e esperta”, conta a tutora, na mesma entrevista ao jornal Metro. Joanne Lefson abriu o Farm Sanctuay em 2016 com o objectivo de “informar e inspirar uma mudança positiva na maneira como as pessoas vêem e tratam estes animais”. Pigcasso, resgatada quando tinha quatro semanas, é o animal mais mediático que lá vive e todos os dias “pinta uma imagem melhor para todos os porcos”.