Frente Comum marca manifestação para 16 de Março

Frente sindical aplaude aumentos prometidos aos assistentes operacionais, mas quer subida de salários para toda a função pública ainda em 2018

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Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, não afasta cenário de greve Daniel Rocha

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou nesta quarta-feira uma manifestação nacional para 16 de Março, em Lisboa, para exigir aumentos salariais de 4% ainda este ano e não descartou a hipótese de avançar para uma greve.

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A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou nesta quarta-feira uma manifestação nacional para 16 de Março, em Lisboa, para exigir aumentos salariais de 4% ainda este ano e não descartou a hipótese de avançar para uma greve.

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O anúncio foi feito pela dirigente da Frente Comum, Ana Avoila, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças com a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, para discutir o descongelamento das carreiras, e o regime de segurança e saúde no trabalho no Estado.<_o3a_p>

Ana Avoila começou por dizer que "a pressão que se fez nestes últimos tempos" sobre o Governo tem dado frutos, referindo-se às progressões dos assistentes operacionais, que, tal como a estrutura sindical reivindicava, vão subir para o quarto escalão e não para o terceiro, disse.<_o3a_p>

"Mas não queremos ficar por aqui. O Governo não responde à proposta de aumentos salariais e portanto vamos à luta. Já marcámos uma semana de luta de 12 a 23 de Março [...] e uma manifestação nacional para 16 de Março para todos os trabalhadores manifestarem o seu descontentamento e exigirem aumentos de salários e carreiras dignas", anunciou.<_o3a_p>

A dirigente da estrutura afecta à CGTP lembrou o crescimento da economia, dizendo não perceber por que motivo os trabalhadores não têm direito a aumentos ainda em 2018.<_o3a_p>

"Não vamos desarmar", assegurou a sindicalista, acrescentando que "a miséria de descongelamento de progressões remuneratórias não chega" e que a Frente Comum vai insistir numa actualização salarial de 4% ainda este ano.<_o3a_p>

"Rapidamente o Governo arranja uma provisão onde os vai encontrar e, se não o fizer, vai sofrer as consequências", avisou ainda a sindicalista, afirmando que "não está afastada a hipótese de uma greve" se o Governo insistir em não dar aumentos aos funcionários públicos.<_o3a_p>