Morreu o compositor islandês Jóhann Jóhannsson
Músico de percurso profícuo, o grande público conhecia a obra do islandês de 48 anos através sobretudo de filmes como A Teoria de Tudo.
O compositor islandês Jóhann Jóhannsson foi encontrado morto esta sexta-feira, em Berlim, aos 48 anos. A morte do músico, que teve uma carreira fundamentalmente ligada ao cinema, ao teatro e à dança, foi confirmada pelo seu agente, Tim Husom, que não detalhou as causas do óbito.
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O compositor islandês Jóhann Jóhannsson foi encontrado morto esta sexta-feira, em Berlim, aos 48 anos. A morte do músico, que teve uma carreira fundamentalmente ligada ao cinema, ao teatro e à dança, foi confirmada pelo seu agente, Tim Husom, que não detalhou as causas do óbito.
Jóhannsson venceu um Globo de Ouro em 2015 pela banda sonora do filme A Teoria de Tudo, que também lhe valeu nomeações para os Óscares, Grammy e BAFTA. No ano seguinte, foi novamente nomeado para os Óscares e os BAFTA pela banda sonora de Sicário, de Denis Villeneuve.
Mais recentemente, o islandês foi consultor de Darren Aronofsky em Mãe! — Jóhannsson chegou a compor uma banda sonora para ser sincronizada com o filme, mas o realizador acabaria por descartá-la.
Jóhannsson também era um dos nomes do cartaz da edição deste ano do festival Primavera Sound de Barcelona.
Co-fundador da Kitchen Motors, fundador do Apparat Organ Quartet, membro do influente grupo islandês Evil Madness e colaborador de inúmeros nomes, de Barry Adamson aos Pan Sonic, passando por Sufjan Stevens ou os Vampire Weekend, Jóhannsson era uma figura incansável da música contemporânea. Tinha editado, até à data, nove álbuns de estúdio a solo, onde conjugava a pop, a música clássica, a electrónica e a minimalista em orquestrações de grande apuro formal.
“Hoje perdi um amigo, um dos músicos mais talentosos e uma das pessoas mais inteligentes que conheci”, declarou Tim Husom, citado pela revista norte-americana Billboard, que acrescenta que Jóhannsson deixa uma filha.