Detida suspeita de burla de 5 milhões de euros com barcos de luxo em Vilamoura

Segundo a PJ, "forjaram transacções fictícias com empresas de fachada de modo a fazerem circular o dinheiro e a embolsá-lo sem serem detectados".

Foto
Fábio Augusto

A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de ter ludibriado, com o companheiro, em Vilamoura, quatro compradores de embarcações de luxo em valor superior a 5 milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de ter ludibriado, com o companheiro, em Vilamoura, quatro compradores de embarcações de luxo em valor superior a 5 milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.

Em comunicado, a PJ adiantou que os factos remontam a 2012, quando a mulher, de 38 anos, e o companheiro, de 45, na posse dos "montantes relativos ao preço das embarcações forjaram transacções fictícias com empresas de fachada de modo a fazerem circular o dinheiro e a embolsá-lo sem serem detectados".

Fonte da PJ adiantou à Lusa que a mulher - sobre a qual pendia um mandado de detenção -, regressou a Portugal, vinda do Brasil, via Madrid (Espanha), no início deste mês, tendo depois viajado de carro para o Algarve.

Apreendidos 2,7 milhões

Do valor envolvido nas burlas, foram apreendidos 2,7 milhões de euros e 3,2 milhões de libras, valor que se encontrava depositado em várias contas bancárias.

Segundo a mesma fonte, o companheiro, também arguido no processo, viajou igualmente para Portugal, mas está em liberdade, depois de em 2015 o tribunal lhe ter aplicado uma caução que se mantém enquanto a decisão final não transitar em julgado.

A mulher é suspeita da co-autoria dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documento e branqueamento de capitais.

A arguida vai agora ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coacção.