Caso dos emails motivou novas buscas da PJ ao Benfica

Mandado foi cumprido no mesmo dia em que decorreu a operação Lex.

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Reuters/CARL RECINE

A Polícia Judiciária (PJ) voltou a realizar buscas no Benfica no âmbito do denominado caso dos emails. Depois de um primeiro mandado executado no dia 19 de Outubro do ano passado, as autoridades "aproveitaram" as diligências relacionadas com a operação Lex para, na passada semana, cumprirem novas buscas no Estádio da Luz, conforme foi avançado pela revista Sábado e confirmado pelo PÚBLICO.

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A Polícia Judiciária (PJ) voltou a realizar buscas no Benfica no âmbito do denominado caso dos emails. Depois de um primeiro mandado executado no dia 19 de Outubro do ano passado, as autoridades "aproveitaram" as diligências relacionadas com a operação Lex para, na passada semana, cumprirem novas buscas no Estádio da Luz, conforme foi avançado pela revista Sábado e confirmado pelo PÚBLICO.

Em causa estão as denúncias que têm sido feitas de forma sistemática pelo director de comunicação do FC Porto, através do Porto Canal, e que dão conta de uma alegada tentativa do Benfica de influenciar as classificações dos árbitros, com base numa complexa rede de contactos. Estas suspeitas já tinham levado, de resto, a PJ a fazer buscas domiciliárias e não só, como confirmou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, há mais de três meses.

"No âmbito de um inquérito da 9.ª secção do DIAP de Lisboa foram emitidos mandados de busca domiciliária e não domiciliária, relativos a investigação em curso pelos crimes de corrupção passiva e activa. No inquérito investiga-se a prática, por parte de um suspeito, dos referidos crimes, relacionados com os denominados emails do Benfica", detalhava, na altura, em comunicado, confirmando que a operação contou com a presença de quatro magistrados do Ministério Público, dois juízes de instrução e 28 elementos da PJ.

Na passada semana, concretamente a 30 de Janeiro, foi cumprido um novo mandado de buscas no Estádio da Luz pela mão de inspectores do crime económico, precisamente no mesmo dia em que a operação Lex foi para o terreno, para investigar o juiz Rui Rangel, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o vice-presidente dos "encarnados" Fernando Tavares e a eventual existência de crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada.

Desde que o caso dos emails foi denunciado, o Benfica já interpôs várias acções em tribunal no sentido de que sejam investigados os autores materiais do que considera ser "a violação do seu sistema informático". O clube chegou a avançar também com uma providência cautelar para evitar que o conteúdo das mensagens electrónicas fosse divulgado, mas o pedido acabou por ser rejeitado pelo Tribunal Judicial da Comarca do Porto.