Novas tabelas da ADSE só chegam em Abril
Direcção da ADSE continua a dialogar com os privados e está disponível para "acertos" que se justifiquem.
A direcção da ADSE continua a dialogar com os prestadores de cuidados de saúde privados na tentativa de chegar a um consenso em torno das tabelas de preços e tem luz verde do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) para fazer “acertos” que se justifiquem e que não desvirtuem o parecer que deu à proposta. O tema esteve em cima da mesa na reunião desta segunda-feira do CGS, de onde saiu a ideia de que os novos valores só deverão entrar em vigor em Abril.
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A direcção da ADSE continua a dialogar com os prestadores de cuidados de saúde privados na tentativa de chegar a um consenso em torno das tabelas de preços e tem luz verde do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) para fazer “acertos” que se justifiquem e que não desvirtuem o parecer que deu à proposta. O tema esteve em cima da mesa na reunião desta segunda-feira do CGS, de onde saiu a ideia de que os novos valores só deverão entrar em vigor em Abril.
“O Conselho Geral e de Supervisão apoia a atitude de firmeza que o conselho directivo da ADSE tem tido no diálogo com os privados. Durante o mês de Fevereiro devemos encerrar o processo para que em Abril tenhamos as novas tabelas em vigor”, adiantou ao PÚBLICO José Abraão, representante da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) no conselho.
Também Francisco Braz, sindicalista e representante dos beneficiários no CGS, antecipa que as negociações caminham para um consenso. “O presidente do conselho directivo deu garantias de que está a trabalhar num acordo, tendo em conta a orientação do Conselho Geral e de Supervisão e disse que as novas tabelas deverão entrar em vigor no início de Abril”, afirmou à Lusa.
Pelo caminho, poderá haver “ajustamentos” e “acertos”, mas de dimensão pouco significativa e, sobretudo, deverão respeitar o parecer do conselho que recusa aumentos dos encargos para os beneficiários e está ao lado da direcção da ADSE no combate à fraude.
“Há abertura para alguns ajustamentos, mas não serão de grande monta”, antecipa Eugénio Rosa, que representa a Frente Comum no CGS. “Se houver é porque se encontraram razões que podem justificar a revisão do cálculo dos preços. Só nessa perspectiva”, resume, sem adiantar em que áreas poderá haver correcções.
As novas tabelas da ADSE têm sido alvo de críticas por parte dos hospitais privados. A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) considerou que os preços que a ADSE se propõe pagar representam "perdas incomportáveis" para os privados e podem pôr em causa o acesso dos beneficiários aos cuidados de saúde.
A APHP fez chegar uma proposta alternativa à direcção da ADSE, que decidiu dar mais uns dias para as negociações decorrerem.
Na reunião desta segunda-feira foi ainda discutido o novo regime de benefícios da ADSE. Em causa está a abertura aos trabalhadores com contrato individual dos hospitais EPE, aos funcionários públicos que renunciaram e aos que nunca chegaram a optar pelo sistema. Mas aos conselheiros, o presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista, não adiantou quando é que isso poderá concretizar-se.