Mais de 80% das casas em Portugal vendidas em menos de seis meses

Mais de 80% das casas em Portugal foram vendidas em menos de seis meses, com cerca de 55,6% das transacções até 175.000 euros, segundo dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), hoje divulgados.

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patricia martins

De acordo com o barómetro da APEMIP, relativo a Dezembro de 2017, “o sector imobiliário português vive um dinamismo que há muito não se verificava, sobretudo no que diz respeito ao segmento habitacional”.

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De acordo com o barómetro da APEMIP, relativo a Dezembro de 2017, “o sector imobiliário português vive um dinamismo que há muito não se verificava, sobretudo no que diz respeito ao segmento habitacional”.

“É absolutamente fabuloso assistir a esta dinâmica, sobretudo quando comparada com aquela que existia há cerca de dois/três anos, em que os activos em carteira levavam até dois anos a ser transaccionados”, afirmou, em comunicado, o presidente da APEMIP, Luís Lima, considerando que a “rapidez” agora registada, com mais de 80% dos imóveis a serem transaccionados em menos de seis meses, confirma o bom momento do mercado imobiliário.

Os dados do barómetro da APEMIP revelam ainda que “cerca de 55,6% das vendas foi de imóveis de preço até 175.000 euros”, valores que para o representante das empresas de mediação imobiliária “espelham o grosso das vendas feitas no mercado doméstico”.

Em relação às tipologias mais vendidas, cerca de 61% foi de T1 e T2, seguindo-se T3 com 31% das transacções efectuadas, segundo os dados do barómetro imobiliário.

“Este é um bom indicador daquilo que é o grosso da procura das famílias, informação que pode e deve ser tida em conta logo que haja o desejado regresso à construção nova”, defendeu o presidente da APEMIP, advogando que o grande desafio do sector em Portugal é “a ausência de ‘stock’ imobiliário nas cidades, que é o principal factor para o acentuo de preços que se tem verificado no mercado”.

Na perspectiva de Luís Lima, o regresso à construção nova começa a ser “inevitável”, “caso contrário, os problemas habitacionais acentuar-se-ão ainda mais”, já que a oferta é cada vez menor e não dá resposta às necessidades da procura.

“Ao construirmos novo, estaremos a criar vantagens para as famílias, que encontrarão no mercado activos à medida das suas possibilidades, para as imobiliárias, que terão mais produto para comercializar e para suprir as necessidades dos seus clientes, para a banca, que garantirá dividendos por via do financiamento ao investimento e por via do crédito à habitação, para as construtoras, que voltarão ao activo criando mais emprego, e para o próprio mercado imobiliário que tem necessidade de aliviar os preços e de dar resposta às necessidades habitacionais”, declarou o representante da APEMIP.

Desenvolvido mensalmente, o barómetro imobiliário da APEMIP tem como fonte um inquérito levado a cabo junto das empresas imobiliárias e o cruzamento com dados de entidades públicas e privadas.