Bruno de Carvalho anuncia nova AG para decidir o seu futuro
Numa comunicação aos sócios, o presidente do Sporting garantiu que se demite a 17 de Fevereiro ?se não for aprovada a alteração dos estatutos do clube e o novo regulamento disciplinar.
Se no próximo dia 17 de Fevereiro os sócios do Sporting não aprovarem em assembleia geral (AG) a alteração dos estatutos do clube e o novo regulamento disciplinar, Bruno de Carvalho deixará de ser presidente dos “leões”. No final de uma comunicação aos sócios, na qual durante mais de 40 minutos fez um exaustivo inventariado do que considera estar errado em Alvalade, garantiu ainda que, mesmo que os novos estatutos e regulamento disciplinar sejam aprovados — é necessário, pelo menos, 75% dos votos —, só continuará como presidente do clube se o terceiro ponto, onde será perguntado se os sócios “querem ou não a saída imediata dos órgãos sociais”, passar com, “no mínimo”, a mesma votação (86,13%) que Bruno de Carvalho teve nas últimas eleições.
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Se no próximo dia 17 de Fevereiro os sócios do Sporting não aprovarem em assembleia geral (AG) a alteração dos estatutos do clube e o novo regulamento disciplinar, Bruno de Carvalho deixará de ser presidente dos “leões”. No final de uma comunicação aos sócios, na qual durante mais de 40 minutos fez um exaustivo inventariado do que considera estar errado em Alvalade, garantiu ainda que, mesmo que os novos estatutos e regulamento disciplinar sejam aprovados — é necessário, pelo menos, 75% dos votos —, só continuará como presidente do clube se o terceiro ponto, onde será perguntado se os sócios “querem ou não a saída imediata dos órgãos sociais”, passar com, “no mínimo”, a mesma votação (86,13%) que Bruno de Carvalho teve nas últimas eleições.
O anúncio da comunicação do presidente do Sporting aos sócios estava agendado para as 18h, mas apenas 54 minutos depois da hora marcada, Bruno de Carvalho, ladeado pelos restantes elementos da direcção, começou a falar para os associados presentes no Auditório Artur Agostinho. E, num discurso de improviso, não poupou no sermão e começou por dizer que não tem “problema nenhum em ser criticado”, mas não confunde “diferenças de opinião com ofensas gratuitas”, adiantando que anda “a ser completamente humilhado, difamado, injuriado pelos sportinguistas há sete anos”.
“É normal que eu não diga que um ex-presidente, que diz que o meu lugar é no manicómio, é um sportinguista aziado? Mas o que é que fiz para merecer isso? Ou estarem constantemente a dizer que sou um garoto, que vou falir isto tudo, que sou uma trampa e depois na frente é muitos sorrisos. Excelente, magnífico, é realmente um clube fantástico”, continuou.
Sobre o que se passou na última AG, Bruno de Carvalho afirmou que “criou-se uma mentira pegada em relação ao regulamento e aos estatutos”, e disse que não pode admitir estar a “trabalhar 24 sobre 24 horas” para depois nem o “deixarem discutir os pontos”. “Muitas vezes são quatro, cinco, seis da manhã e estou a trabalhar. E aquilo que mereço, é chegarmos a uma assembleia geral e que alguém diga por mim quando é que acha que se deve discutir o trabalho que eu fiz? Aquilo que fizeram foi uma falta de respeito”, acrescentou.
Candidato nas sombras
Garantindo que “no Sporting não há nada pequenino”, porque “por detrás de uma pedrinha pequena que se levanta, estão dezenas de lacraus”, o presidente do clube disse que a sua direcção é “no mundo, provavelmente, a mais clara e transparente” e que isso foi um dos “grandes erros” que cometeu.
Rebatidas foram também as críticas de quem o acusa de “ir para o Facebook”: “Tanto tem mudado no futebol à conta do meu Facebook. Videoárbitro? Não brinquem! Se não tivessem sido os meus constantes facebooks sobre o videoárbitro vocês tinham videoárbitro no raio que parta. E as denuncias que eu fiz? No final, são todos arguidos. Mas vocês acham que não tenho mais nada do que fazer do que trabalhar para o Sporting e no Facebook? Tenho três filhas e uma mulher, gira ainda por cima”.
Recados dados, Bruno de Carvalho reservou os últimos cinco minutos para deixar aos sócios as suas condições para permanecer na liderança do clube e dizer que “está na altura de os sportinguistas mostrarem se querem este presidente e estes órgãos sociais” sem estarem “a ser difamados, humilhados e injuriados por toda a gente”. “Basta! Para mim basta! Não vou admitir que o Sporting volte aos tempos antigos. Há pelo menos um excelente candidato a mexer-se nas sombras. Decidam no dia 17. Esta é a última vez que tomo uma atitude destas. Da próxima vez que não sentir apoio, que olhar para trás e vir uma parede, é a vez que saio em definitivo”, concluiu.