FC Porto teve Alex Telles e mais cabeça do que o Sp. Braga
Com três assistências do lateral esquerdo, os “azuis e brancos” venceram por 3-1 e recuperaram a liderança do campeonato.
Com a fiabilidade do pé esquerdo de Alex Telles e três golos de cabeça (Sérgio Oliveira, Diego Reyes e Aboubakar), o FC Porto ultrapassou com qualidade o Sp. Braga (3-1) e recuperou a liderança do campeonato. Após dois jogos sem marcar e a quatro dias de receber o Sporting para a Taça de Portugal, os “dragões” realizaram uma exibição consistente perante uma equipa minhota que assustou o adversário na primeira parte, mas que se mostrou demasiado permeável no seu sector defensivo.
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Com a fiabilidade do pé esquerdo de Alex Telles e três golos de cabeça (Sérgio Oliveira, Diego Reyes e Aboubakar), o FC Porto ultrapassou com qualidade o Sp. Braga (3-1) e recuperou a liderança do campeonato. Após dois jogos sem marcar e a quatro dias de receber o Sporting para a Taça de Portugal, os “dragões” realizaram uma exibição consistente perante uma equipa minhota que assustou o adversário na primeira parte, mas que se mostrou demasiado permeável no seu sector defensivo.
Com um mês de Fevereiro de alto risco — nos primeiros 15 dias terá que defrontar Sp. Braga, Sporting, Desp. Chaves e Liverpool —, Sérgio Conceição manteve o 4x4x2 habitual, mas, depois de uma exibição medíocre em Moreira de Cónegos, fez duas alterações: Paulinho, que teve uma estreia falhada pelos portistas, foi substituído por Corona; Sérgio Oliveira, trunfo nos jogos teoricamente mais complicados, fez dupla com Herrera no centro do meio-campo.
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Do outro lado, o desenho táctico era similar, mas as dinâmicas do Sp. Braga de Abel Ferreira eram diferentes. Para tentar estancar o previsível grande volume ofensivo da dupla Alex Telles
Brahimi, o técnico dos bracarenses reforçou o seu lado direito, com Esgaio a jogar na frente do estreante Diogo Figueiras. Para tentar ganhar a batalha a meio-campo, Abel apostou numa dupla robusta (Vukcevic e Danilo) e, no ataque, Wilson Eduardo jogou no apoio a Paulinho.
O arranque da partida deixou no ar a ideia de que iria haver um “dragão” amorfo, à imagem do último jogo, mas após alguns solavancos iniciais, a máquina portista começou a trabalhar com rotações elevadas. Com Brahimi ao bom nível que se tem apresentado nesta época e muito dinamismo entre Herrera e Sérgio Oliveira, o FC Porto começou a criar dificuldades ao Sp. Braga e chegou ao golo. Aos 13’, poucos segundos depois de Matheus impedir com uma grande defesa que Aboubakar fizesse o golo, Alex Telles voltou a colocar a bola no centro da área e Sérgio Oliveira, sem qualquer marcação, atirou para o fundo da baliza.
Apesar de sentir dificuldades para construir jogo ofensivo — Wilson Eduardo mostrou sempre pouca intensidade e Ricardo Horta não criou desequilíbrios na esquerda —, os minhotos contavam com a qualidade de Paulinho na frente e, aos 24’, o avançado de Barcelos ficou a centímetros do golo. O FC Porto respondeu quase de imediato por Marega, mas os “dragões” acabaram vítimas de uma bola parada, uma das principais armas da equipa de Sérgio Conceição: aos 31’, na sequência de canto, Reyes foi negligente na marcação a Raul Silva e o central, com um excelente desvio ao primeiro poste, confirmou a sua fama de goleador.
Com o jogo aberto e intenso, os portistas pareceram acusar o golpe, mas Reyes demorou pouco tempo a redimir-se do erro na defesa. Apenas sete minutos após o golo do empate, Alex Telles voltou a ser decisivo e Reyes, de cabeça, recolocou os “dragões” na frente.
Embora jogada a um ritmo ligeiramente inferior, a segunda parte voltou a ter qualidade. Logo nos primeiros segundos, Marega esteve perto de marcar, mas em cima da hora de jogo apenas uma defesa excepcional de José Sá impediu que Paulinho recolocasse tudo novamente empatado.
Com a sua equipa em quebra, Conceição trocou Corona por Paulinho e, com Marega na direita, transformou o 4x4x2 em 4x3x3.
A alteração fez bem aos portistas. Com Paulinho na ajuda a Herrera e Sérgio Oliveira, o FC Porto passou a controlar melhor e, novamente de cabeça, acabou com a resistência bracarense: Alex Telles, para não variar — 14.ª assistência nesta época —, cruzou de forma perfeita e Aboubakar, após quatro jogos sem marcar, fixou o resultado final.