Apple bate recordes mesmo com ligeira queda nas vendas do iPhone

Números vêm dissipar algumas dúvidas levantadas nos últimos dias sobre a venda do topo de gama da marca.

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"O iPhone X ultrapassou as nossas expectativas e tem sido o nosso iPhone mais vendido todas as semanas desde Novembro”, afirmou o presidente executivo, Tim Cook, em comunicado Reuters/STEPHEN LAM

 A Apple voltou a bater os seus próprios recordes, apesar de a procura por iPhones, que são o principal produto da marca, ter abrandado.

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 A Apple voltou a bater os seus próprios recordes, apesar de a procura por iPhones, que são o principal produto da marca, ter abrandado.

A empresa comunicou uma facturação de 88,3 mil milhões de dólares (80 mil milhões de euros) entre Outubro e Dezembro do ano passado, o que significa uma subida de 13%. Como habitual, a venda de iPhones representou a grande fatia das receitas, tendo no trimestre passado chegado aos 70% do volume de negócios. Foram vendidos 77,3 milhões de iPhones (menos 1% do que no mesmo período de 2016), mas as receitas com os telemóveis cresceram 13%, reflectindo o preço mais elevado dos aparelhos vendidos e num sinal de que o topo de gama, o iPhone X, está a ter procura por parte dos consumidores.

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Em Setembro do ano passado, a Apple lançou três modelos em simultâneo: os iPhone 8 e 8 Plus, que são evoluções face aos modelos anteriores, e o iPhone X, que trouxe funcionalidades novas e que é também o mais caro iPhone de sempre: na loja da Apple em Portugal, o iPhone X custa, pelo menos, 1179 euros. No X, a Apple decidiu prescindir do botão físico na parte de baixo do aparelho, adaptando o sistema iOS para que as funcionalidades associadas ao botão (como mostrar o ecrã inicial) passassem a ser feitas com gestos no ecrã. Este modelo também incorpora tecnologia de reconhecimento facial, que permite ao utilizador desbloquear o ecrã apenas olhando para o telemóvel. Em parte por causa desta funcionalidade, o ecrã tem um corte no topo, no local onde estão componentes como câmaras, microfone e sensores de infravermelhos.

“Estamos entusiasmados por comunicar o maior trimestre de sempre na história da Apple, com um crescimento alargado que inclui as maiores receitas de sempre para uma gama de iPhones. O iPhone X ultrapassou as nossas expectativas e tem sido o nosso iPhone mais vendido todas as semanas desde Novembro”, afirmou o presidente executivo, Tim Cook, em comunicado.

As palavras de Cook tentam contrariar as notícias publicadas nos últimos dias, que davam conta de que o iPhone X estava a ter pouca procura, e que a Apple tinha avisado os fornecedores de que iria abrandar a produção. Os números agora divulgados ficam também aquém das expectativas dos analistas de mercado compiladas pela agência Bloomberg, que tinham projectado vendas de 80,2 milhões de unidades.

"O iPhone X está a correr extremamente bem", observou, no Twitter, o analista Horace Dediu, que há anos acompanha a Apple. "A minha estimativa para as unidades de iPhone antecipava muitos mais iPhone 8, com um preço médio [de cada venda ] de 710 dólares. O preço médio de venda foi na verdade de 796 dólares. Muitos iPhone X estão a ser vendidos."

Em termos de receitas, as vendas dos iPad (que a Apple tem direccionado para um segmento profissional) subiram 6%, ao passo que as dos computadores Mac caíram 5%. A facturação com serviços (onde estão incluídas as vendas de música e aplicações) cresceu 18%.

Notícia corrigida às 12h11 de 2 de Fevereiro: por lapso, o artigo indicava que as receitas da Apple tinham sido de 88,3 milhões de dólares. Foram de 88,3 mil milhões de dólares.