Turistas terão de ficar de costas voltadas para as montras do Red Light District
Medida será aplicada a grupos com mais de cinco visitantes. As novas regras entram em vigor em Abril.
As visitas guiadas turísticas de grupos ao Red Light District de Amesterdão, uma das maiores atracções da cidade, vão ser sujeitas a uma regulação que obriga os visitantes a estarem de costas voltadas para as montras da rua enquanto ouvem as explicações do guia turístico. O objectivo é evitar os olhares prolongados, as fotografias e os comentários às trabalhadoras do sexo. As medidas, anunciadas esta quarta-feira, pretendem reduzir o congestionamento das ruas do bairro e deixam também uma série de restrições à circulação de bicicletas e Segways.
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As visitas guiadas turísticas de grupos ao Red Light District de Amesterdão, uma das maiores atracções da cidade, vão ser sujeitas a uma regulação que obriga os visitantes a estarem de costas voltadas para as montras da rua enquanto ouvem as explicações do guia turístico. O objectivo é evitar os olhares prolongados, as fotografias e os comentários às trabalhadoras do sexo. As medidas, anunciadas esta quarta-feira, pretendem reduzir o congestionamento das ruas do bairro e deixam também uma série de restrições à circulação de bicicletas e Segways.
O conjunto de novas regras definidas pela Câmara Municipal de Amesterdão pretende incutir respeito pelas mulheres e evitar intimidações dirigidas às trabalhadoras em mais de 290 montras, bem como garantir uma convivência equilibrada entre os turistas e os moradores, conta o El País.
As medidas são um reforço de um acordo voluntário entre 40% dos guias turísticos durante o último ano. “Podem olhar, claro. Todos são livres de o fazer. Não é uma lei, é um regulamento”, explica Vera Al, porta-voz da Câmara Municipal de Amesterdão.
A partir de Abril todos os guias turísticos deverão dispor de uma licença – que tem um custo de 100 euros e a validade de um ano e meio – e circular com grupos inferiores a 20 pessoas. Caso não cumpram as indicações, no caso de guias ilegais, a consequência é uma multa de 190 euros.
“Se o fizerem em nome de uma empresa, serão 950 euros. Depois de três sanções, perdem a licença” explica Udo Kock, vereador da Economia. “Se queremos que De Wallen continue a ser um bairro habitável, os grupos de turistas não podem ser grandes”, acrescentou.
De acordo com os números da Câmara Municipal de Amesterdão, entre as 11h e as 12h circulam no bairro, em média, 27 grupos de turistas, o que resulta numa média de 31 mil visitantes por semana. A Câmara de Amesterdão pretende ainda limitar estas visitas às 23h e evitar que os grupos se mantenham durante muito tempo nas pontes que fazem a travessia do rio Amstel.
Os responsáveis do município reconhecem que este é um plano ambicioso que dependerá do grau de educação dos visitantes. Por isso, a Câmara de Amesterdão irá apostar no reforço de vigilantes e fará posteriormente uma avaliação dos resultados da medida.