Philip Glass completa trilogia de sinfonias dedicadas a David Bowie

A Sinfonia n.º 12, inspirada no álbum Lodger, vai ser estreada em Londres, em Maio de 2019.

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Philip Glass na Casa da Música, em 2011 Paulo Pimenta

O compositor norte-americano Philip Glass vai estrear em 2019 a Sinfonia n.º 12, que completa uma trilogia de tributo ao músico britânico David Bowie (1947-2016), no âmbito da anunciada nova temporada do Southbank Centre de Londres.

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O compositor norte-americano Philip Glass vai estrear em 2019 a Sinfonia n.º 12, que completa uma trilogia de tributo ao músico britânico David Bowie (1947-2016), no âmbito da anunciada nova temporada do Southbank Centre de Londres.

A estreia europeia está marcada para o dia 9 de Maio de 2019, na capital inglesa, com a London Contemporary Orchestra a interpretar a sinfonia que Philip Glass escreveu, inspirado no álbum Lodger (1979), de Bowie.

O compositor completa assim as três sinfonias que escreveu ao longo de mais de 20 anos a partir de três álbuns que David Bowie compôs, em colaboração com Brian Eno, depois de ter estado em Berlim: Low, Heroes (ambos de 1977) e Lodger.

No concerto de Maio de 2019, com direcção dos maestros Hugh Brunt e Robert Ames, aquela orquestra irá interpretar as três composições sinfónicas de Glass de tributo a Bowie: Sinfonia n.º 1 (Low), composta em 1992, Sinfonia n.º 4 (Heroes), escrita em 1996, e Sinfonia n.º 12 (Lodger).

Amigos e admiradores mútuos durante várias décadas, Philip Glass e David Bowie foram conversando sobre a criação daquelas peças sinfónicas e, segundo o jornal The Guardian, ambos terão trocado ideias sobre a concretização desta terceira sinfonia.

Bowie morreu em Janeiro de 2016 e, meses depois, a composição de Glass inspirada em Heroes foi a primeira obra sinfónica a ser interpretada no festival de Glastonbury, no Reino Unido.

Philip Glass, 81 anos, considerado um dos mais importantes compositores do século XX, actuou já diversas vezes em Portugal, tendo composto a ópera Corvo Branco para a Expo'98, em Lisboa,  e tendo tocado em 2011 na Casa da Música, no Porto.