Costa deixa garantia: Centeno “em circunstância alguma sairá do Governo”
Primeiro-ministro desvaloriza buscas ao Ministério das Finanças e diz que Mário Centeno não sairá do Governo “mesmo que venha a ser constituído arguido”.
O primeiro-ministro segurou nesta segunda-feira o seu ministro das Finanças contra todos os ventos e tempestades, ao afirmar que Mário Centeno “em circunstância alguma sairá do Governo”. “Mesmo que venha a ser constituído arguido, não vejo nenhum motivo para sair do Governo”, afirmou António Costa, à margem de uma cerimónia sobre o espólio do Novo Banco.
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O primeiro-ministro segurou nesta segunda-feira o seu ministro das Finanças contra todos os ventos e tempestades, ao afirmar que Mário Centeno “em circunstância alguma sairá do Governo”. “Mesmo que venha a ser constituído arguido, não vejo nenhum motivo para sair do Governo”, afirmou António Costa, à margem de uma cerimónia sobre o espólio do Novo Banco.
Questionado pelos jornalistas sobre as suspeitas que levaram o Ministério Público a fazer buscas no Ministério das Finanças para ver se há alguma relação entre a isenção fiscal obtida pelos filhos do presidente do Benfica e o pedido, feito pelo gabinete de Mário Centeno, de dois bilhetes para o camarote presidencial do Estádio da Luz para o ministro e o filho assistirem ao Benfica- FC Porto de Abril do ano passado, Costa considerou “ridículo” que a ida a um jogo de futebol possa corromper alguém.
“Se a nossa idoneidade vale o preço de um jogo de futebol, por amor de Deus”, acrescentou o primeiro-ministro, insistindo que “nada que veio a público belisca” a sua confiança em Centeno.
“Da minha parte, o ministro das Finanças tem toda a confiança”, disse António Costa, sublinhando que os “ministros respondem perante o primeiro-ministro” e nada do que veio a público até agora altera a confiança que deposita no também presidente do Eurogrupo. Qualificando “o professor Mário Centeno” como “uma pessoa de enorme dignidade e seriedade”, Costa disse mesmo que “em circunstância alguma” Centeno sairá do Governo.
O primeiro-ministro reconheceu, porém, que a notícia das buscas no Ministério das Finanças teve “muita repercussão internacional”, mas que “não põe em causa o bom nome” do ministro.