China: uma nova ameaça
A decisão unilateral da China de sobrevoar espaço aéreo de Taiwan constitui uma séria ameaça à segurança aérea na região.
O lançamento unilateral por parte da China continental de novas rotas aéreas que sobrevoam áreas adjacentes à ilha de Taiwan comprometeu seriamente a segurança do espaço aéreo do Estreito de Taiwan e despertou alarme na região.
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O lançamento unilateral por parte da China continental de novas rotas aéreas que sobrevoam áreas adjacentes à ilha de Taiwan comprometeu seriamente a segurança do espaço aéreo do Estreito de Taiwan e despertou alarme na região.
A utilização deste espaço aéreo, perto da Região de Informação de Voo de Taipei e das áreas habituais para o treino das forças aéreas taiwanesas, ainda mais sem aviso prévio, constitui uma séria ameaça à segurança aérea da região e à manutenção do actual statu quo no Estreito de Taiwan.
Em 2015, as associações de transporte aéreo da China e de Taiwan estabeleceram um acordo importante através do qual a primeira prometeu não usar este espaço sem consultas prévias à outra parte, uma circunstância que evidentemente foi ignorada pelas autoridades de Pequim.
Muito preocupado com o assunto, o governo taiwanês pediu, embora em vão, à China continental para iniciar negociações sobre o assunto e para se envolver activamente com a segurança da aviação da região. Mesmo os Estados Unidos pediram à China que "participe num diálogo construtivo com Taiwan".
A Região de Informação de Voo de Taipei, administrada exclusivamente pelo governo de Taiwan, presta serviço a cerca de 1,53 milhões de voos e 58 milhões de viajantes por ano. A organização da aviação civil (OACI), de que, infelizmente, Taiwan está excluída por oposição da China continental, deve tomar medidas sobre o assunto e garantir a segurança da aviação não só em Taiwan, mas também dos passageiros de todo o planeta que habitualmente usam uma das zonas de voos mais dinâmicas do mundo.