“O Zimbabwe está aberto”

O Presidente Emmerson Mnangagwa é um dos chefes de Estado em Zavos, a tentar captar investimento estrangeiro para o seu país.

Foto
Mnangagwa assumiu o poder em Novembro Denis Balibouse/REUTERS

O novo Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, é um dos chefes de Estado presentes em Davos. A sua tarefa é convencer o mundo de que após o golpe que em Novembro depôs Robert Mugabe — que governou durante 37 anos, levando o país à ruína — está no caminho certo para a transição democrática e está a criar condições para receber investimento estrangeiro.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O novo Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, é um dos chefes de Estado presentes em Davos. A sua tarefa é convencer o mundo de que após o golpe que em Novembro depôs Robert Mugabe — que governou durante 37 anos, levando o país à ruína — está no caminho certo para a transição democrática e está a criar condições para receber investimento estrangeiro.

 As nacionalizações violentas de propriedades de milhares de fazendeiros brancos afastaram muitos. E a emissão de milhões e milhões de dólares de títulos de dívida para pagar a um exército de funcionários públicos fez com que a moeda desvalorizasse e a inflação subisse para valores estratosféricos.

 A empresa estatal de caminhos-de-ferro é um exemplo do estado da economia: os comboios são velhos, os carris e restante infra-estrutura está delapidada, falta pessoal. Os hospitais não têm medicamentos básicos, e muitas escolas não têm meios para garantirem a educação das crianças, diz o site News24, da África do Sul. Vários analistas prevêem que são necessários pelo menos três anos para que haja sinais claros de que a economia do Zimbabwe está a recuperar.

Mnangagwa, que promete realizar eleições livres e democráticas até Julho, foi a Davos dizer que o seu país “está aberto para negócios”. E garante que os agricultores comerciais que foram expulsos por Mugabe serão bem-vindos se quiserem regressar. “Não fazemos divisões raciais, isso é uma filosofia do passado”, afirmou o chefe de Estado