Principal concorrente de Sissi às eleições presidenciais detido
Sami Anan foi acusado de violar as regras do serviço militar e de ter falsificado documentos para se poder candidatar.
O ex-chefe do Exército e candidato presidencial Sami Anan foi detido esta terça-feira e suspendeu a sua campanha, deixando o actual Presidente, Abdul Fattah al-Sissi, praticamente sem oposição.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ex-chefe do Exército e candidato presidencial Sami Anan foi detido esta terça-feira e suspendeu a sua campanha, deixando o actual Presidente, Abdul Fattah al-Sissi, praticamente sem oposição.
Anan foi detido pelo Comité Supremo das Forças Armadas sob acusação de ter forjado documentos na altura em que se reformou e que não pediu autorização das Forças Armadas para concorrer às eleições.
Anan foi o responsável máximo do Exército entre 2005 e 2012, e era visto como o candidato com maior possibilidade de competir com Sissi nas eleições de Março. Nos últimos meses, vários outros candidatos têm retirado o seu nome do boletim de votos ou têm sido afastados.
As Forças Armadas acusam Anan de violar de forma “frontal as regras e os regulamentos do serviço militar” e de estar a tentar dividir o país.
Um porta-voz da candidatura negou que Anan tenha violado qualquer lei e disse à Reuters tratar-se de uma "interpretação errada" da sua declaração de candidatura.
Quando anunciou a sua candidatura, Anan criticou Sissi de estar a entregar o controlo de esferas civis aos militares.
Com o afastamento do ex-chefe militar, a recondução de Sissi a um segundo mandato parece assegurada. O analista Omar Ashour disse à Al-Jazira que é provável que o Presidente concorra contra um candidato “que não tenha tanto apoio no terreno ou junto dos militares”.