Privados preparam posição conjunta para contestar tabelas da ADSE
Federação Nacional de Prestadores de Cuidados de Saúde reúne-se na próxima segunda-feira.
Hospitais privados, laboratórios e centros de diagnósticos estão a preparar uma posição conjunta para contestar as novas tabelas de preços que a ADSE se propõe pagar aos prestadores de cuidados de saúde com os quais tem convenção.
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Hospitais privados, laboratórios e centros de diagnósticos estão a preparar uma posição conjunta para contestar as novas tabelas de preços que a ADSE se propõe pagar aos prestadores de cuidados de saúde com os quais tem convenção.
“Do lado das associações de prestadores (hospitais privados, análises clínicas, meios complementares de diagnóstico, diagnóstico por imagem) no âmbito da Federação Nacional de Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) prepara-se uma posição conjunta”, adiantou ao PÚBLICO fonte oficial da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Está prevista uma reunião na próxima segunda-feira, altura em que essa posição conjunta será estabilizada.
A APHP tem tecido fortes críticas à proposta apresentada pelo conselho directivo da ADSE, alertando que a direcção do instituto “parece apostada em tentar convencer os beneficiários a reduzir a rede de prestadores a troco de um euro por mês”.
Na semana passada, o responsável da ADSE, Carlos Liberato Baptista reuniu-se com o presidente da APHP, Óscar Gaspar, para lhe apresentar as novas tabelas. Na altura, Liberato Baptista disponibilizou-se a receber, até ao final da próxima semana, propostas da APHP para, caso sejam “consideradas justificáveis”, poderem ser consideradas. Porém, Óscar Gaspar diz que apenas notou “disponibilidade para pequenas correcções”.
Questionada pelo PÚBLICO sobre se já foram enviadas propostas à ADSE, fonte oficial da APHP disse que “não houve mais desenvolvimentos”, acrescentado que “a tabela ainda está a ser analisada pelos associados”.
Também na semana passada, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mostrou abertura para um entendimento. “Nem os privados vão deixar de prestar cuidados aos cidadãos, nem a ADSE vai ser tão rígida para não ser capaz de estabelecer uma posição equilibrada", afirmou.