Niki Lauda ganha corrida pela companhia aérea que criou
Antigo piloto de Fórmula 1 foi o vencedor no processo de compra da Niki, superando o grupo que detém a British Airways e Iberia
O processo foi renhido, mas já há vencedor escolhido: Niki Lauda prepara-se para voltar a mandar nos destinos da companhia aérea que criou, a Niki, deixando para trás um dos maiores grupos do sector, a IAG (dona da British Airways e da Iberia).
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O processo foi renhido, mas já há vencedor escolhido: Niki Lauda prepara-se para voltar a mandar nos destinos da companhia aérea que criou, a Niki, deixando para trás um dos maiores grupos do sector, a IAG (dona da British Airways e da Iberia).
O anúncio foi feito esta terça-feira pelos administradores de insolvência, após votação dos credores - a Air Berlin, que englobava a Niki, caiu financeiramente por terra no ano passado. “Estou muito contente”, disse o antigo piloto e campeão de Fórmula 1, hoje com 68 anos, à rádio austríaca Oe24 e citado pela Reuters, garantindo que não irá haver despedimentos.
O valor do negócio não foi revelado, mas a IAG, que há menos de um mês se posicionara para ficar com os activos da transportadora low cost sediada em Viena, ia desembolsar 20 milhões de euros.
Apesar de a IAG ter sido dada como vencedora há poucas semanas, uma decisão judicial acabou por obrigar a levar o processo da Alemanha para a Áustria, onde entraram em jogo a Ryanair e Laudamotion, empresa de Niki Lauda que ganhou a corrida.
No processo de liquidação da Air Berlin a maior parte dos activos do grupo ficaram com a Lufthansa, cabendo o resto à Easyjet, num dos vários movimentos de consolidação a que se assistiram no sector em 2017.
A Niki, recorda a Bloomberg, surgiu em 2003 pelas mãos do ex-piloto de fórmula 1 a partir do que era até então a Aero Lloyd. Lauda deixou de ser seu accionista em 2011, após a ligação com a Air Berlin. A frota é composta por perto de 20 aviões Airbus SE A321, prevendo-se que possa voltar a voar a partir de Março.