Polémica tornou Supernanny o programa mais visto de domingo

A estreia do programa da SIC fora vista por 1,18 milhões de espectadores, mas no domingo foram 1,25.

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Uma boa polémica na televisão traz espectadores. Foi assim com episódios de reality shows como o pontapé do Marco do Big Brother, na TVI, em 2000, ou da embriaguez dos participantes no Bar da TV, na SIC, em 2001. O programa Supernanny, da SIC, que na última semana motivou críticas e queixas de várias entidades que lidam com os direitos das crianças, foi o programa mais visto deste domingo.

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Uma boa polémica na televisão traz espectadores. Foi assim com episódios de reality shows como o pontapé do Marco do Big Brother, na TVI, em 2000, ou da embriaguez dos participantes no Bar da TV, na SIC, em 2001. O programa Supernanny, da SIC, que na última semana motivou críticas e queixas de várias entidades que lidam com os direitos das crianças, foi o programa mais visto deste domingo.

O programa, emitido em horário nobre, foi seguido por 1,25 milhões de espectadores (o que equivale a um rating de 12%), quando na estreia, uma semana antes, fora o terceiro programa mais visto do dia, por 1,18 milhões de pessoas. 

De acordo com dados da GfK analisados pela Marktest/MediaMonitor, Supernanny teve ontem um share (quota) de 26%, ou seja, um quarto das pessoas que estavam a ver televisão àquela hora estavam sintonizadas na SIC.

O filão dos programas com crianças não se resume à SIC: à mesma hora de Supernanny, a TVI transmitia o concurso de culinária Masterchef Júnior, que foi o segundo programa mais visto do dia – como, aliás, também o fora há uma semana –, por 1,21 milhões de pessoas (mais 10 mil do que no dia 14).

Mas se a polémica está a ajudar a aumentar as audiências, já provocou estragos junto do patrocinador. De acordo com a revista Meios e Publicidade, a marca de cosmética Corine de Farme confirmou que desistiu de ser a patrocinadora principal do programa.

A decisão foi tomada depois do acumular de críticas dos últimos dias. “O tumulto social em torno do mesmo não é compatível nem com a imagem da nossa empresa, nem com os nossos objectivos comerciais”, havia dito a gestora de produto e comunicação dos Laboratórios Sarbec, Sara McLeod na passada semana à Visão, quando a empresa que comercializa a Corine de Farme em Portugal estava a analisar o caso.