MIRA FORUM encabeça tentativa de preservar couto mineiro do Pejão

Debate sobre preservação das antigas minas de Castelo de Paiva está marcado para sábado, às 18h. Dali poderá sair uma petição.

Foto
Uma fotografia actual do antigo couto mineiro, em Castelo de Paiva Adriano Miranda

Partiu tudo das conversas entre os responsáveis do MIRA FORUM, no Porto, e o fotojornalista do PÚBLICO, Adriano Miranda, quando este montava a exposição “Carvão de Aço”, que por ali está até 24 de Fevereiro. Manuela Matos Monteiro descobriu, então, que havia vários interessados em preservar a memória do couto mineiro do Pejão, em Castelo de Paiva, encerrado no final de 1994, mas que, até agora, nenhum dos planos traçados se tinha concretizado. Nunca mais sossegou.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Partiu tudo das conversas entre os responsáveis do MIRA FORUM, no Porto, e o fotojornalista do PÚBLICO, Adriano Miranda, quando este montava a exposição “Carvão de Aço”, que por ali está até 24 de Fevereiro. Manuela Matos Monteiro descobriu, então, que havia vários interessados em preservar a memória do couto mineiro do Pejão, em Castelo de Paiva, encerrado no final de 1994, mas que, até agora, nenhum dos planos traçados se tinha concretizado. Nunca mais sossegou.

A fundadora do Mira, em Campanhã, já aludira ao tema na inauguração da exposição, e, este sábado, vai realizar-se uma sessão aberta com o tema Minas do Pejão – Resgate de Memória. Entre os participantes, além do próprio Adriano Miranda, está Rui Paiva, que foi director da exploração do couto mineiro durante 25 anos, e José Carvalho, vereador da Cultura da Câmara de Castelo de Paiva. Ausentes do painel de convidados, “mas a sessão é aberta a todos”, diz Manuela, estão os donos dos terrenos onde funcionou a mina, e que são hoje propriedade privada.

“Há um património que se está a perder e ainda é possível fazer alguma coisa. Gostávamos de avançar com uma petição pública para salvaguarda daquele património material e imaterial”, diz Manuela Matos Monteiro. Porque não são só as antigas estruturas e instalações de mina que estão em causa, diz, são também as histórias e as memórias. “No fim-de-semana tivemos três antigos mineiros a visitar a exposição e, assim que começaram a falar, é impressionante aquilo que eles contam. Estas memórias desaparecem com a morte destas pessoas, e não pode ser”, defende.

O debate está marcado para as 18h de sábado, no âmbito da exposição que está no MIRA FORUM até 24 de Fevereiro.