Números do desemprego são "extremamente positivos"

Número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou para níveis de Outubro de 2008

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Vieira da Silva destaca evolução positiva, mas lembra que ainda há um caminho a ser percorrido TIAGO PETINGA/Lusa

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, realçou nesta segunda-feira, em Coimbra, que os dados relativos à descida do desemprego "são extremamente positivos", mas que não se pode esquecer o caminho que ainda tem de ser percorrido.

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O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, realçou nesta segunda-feira, em Coimbra, que os dados relativos à descida do desemprego "são extremamente positivos", mas que não se pode esquecer o caminho que ainda tem de ser percorrido.

De acordo com dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 16,3% em Dezembro, face a igual mês de 2016 (para 403.771 pessoas), e 0,2% em relação ao mês anterior, com o Ministério a destacar que este é o valor mais baixo desde Outubro de 2008.

"Estes dados são, obviamente, extremamente positivos. São dados que todos os sinais apontam que se vão reforçar, mas que não nos fazem esquecer as dificuldades e o caminho que tem de continuar a ser percorrido", disse o ministro, que falava aos jornalistas após a cerimónia de entrega do prémio cooperação e solidariedade António Sérgio, que decorreu na antiga Igreja de São Francisco, em Coimbra.

O membro do executivo sublinhou que os dados divulgados nesta segunda-feira pelo IEFP são "uma boa notícia" e o "reconhecimento de que, no espaço dos últimos dois anos, foram criados cerca de um quarto de milhão de novos empregos - empregos líquidos - e que esse emprego foi ainda mais forte do que a diminuição do desemprego".

Para Vieira da Silva, isto "quer dizer que foram trazidas pessoas para o mercado de trabalho que estavam fora do mercado de trabalho" e que a economia portuguesa apresentou "um dinamismo significativo".

"Não atingimos ainda os valores que possuíamos antes da crise, mas, ao nível do volume de desemprego, os valores já são próximos, se não idênticos", realçou.

O ministro considera que o actual contexto do emprego em Portugal permite que o Governo torne "mais forte o combate àqueles núcleos mais pesados, mais duros, mais difíceis do desemprego", como o desemprego de longa duração ou o desemprego jovem, nomeadamente os jovens que não trabalham nem estudam.

De acordo com os dados disponíveis na página do IEFP, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2016, contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para os homens (menos 19,0%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (menos 15,9%), os inscritos há menos de um ano (menos 16%), os que procuravam novo emprego (menos 16,4%) e os que possuem como habilitação escolar o 1.º ciclo do ensino básico (menos 20%).

Segundo o IEFP, o desemprego afectava em Dezembro 44.414 jovens, o que representa uma redução homóloga de 19,7% (menos 10.920 jovens) e de 6,9% em termos mensais (o correspondente a menos 3285 jovens).

Já o número de desempregados de longa duração apurado no final de Dezembro foi de 192.996, diminuindo 16,7% em relação ao mês homólogo (menos 38.559 pessoas) e 0,8% em termos mensais (menos 1463 pessoas).