Membros dos Smiths voltam a juntar-se – sem Morrissey nem Marr

Andy Rourke e Mike Joyce vão reunir-se com Craig Gannon, que tocou guitarra ao vivo e gravou com a mítica banda britânica dos anos 1980, para três concertos com a orquestra Manchester Camerata. O espectáculo chama-se Classically Smiths.

Foto
The Smiths quando ainda estavam juntos. Mike Joyce e Andy Rourke são os dois à esquerda. LAWRENCE WATSON

Qualquer pessoa que saiba o mínimo dos mínimos sobre os Smiths, a banda de Manchester que esteve no activo entre 1982 e 1987, tem noção de que uma reunião plena é altamente improvável. Johnny Marr, guitarrista e compositor principal, e (Steven Patrick) Morrissey, vocalista e letrista com carreira a solo, não se dão muito bem (eufemismo). Foi a animosidade entre os dois, aliás, que pôs fim à banda.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Qualquer pessoa que saiba o mínimo dos mínimos sobre os Smiths, a banda de Manchester que esteve no activo entre 1982 e 1987, tem noção de que uma reunião plena é altamente improvável. Johnny Marr, guitarrista e compositor principal, e (Steven Patrick) Morrissey, vocalista e letrista com carreira a solo, não se dão muito bem (eufemismo). Foi a animosidade entre os dois, aliás, que pôs fim à banda.

Mas mesmo os mais pacíficos Andy Rourke e Mike Joyce, respectivamente, baixista e baterista da banda, tentaram processar Morrissey e Marr em 1989 por violação dos seus direitos autorais, com Rourke a aceitar logo um acordo e Joyce a continuar com acções legais que duraram até ao início dos anos 2000. Quando, em 2016, Marr escreveu a sua autobiografia, dizia que em 2008 tinha falado com Morrissey sobre a possibilidade de reunir os Smiths, mas Morrissey tinha deixado de lhe responder. Na altura, a solução de reunião seria com outra pessoa que não Joyce na bateria (com Rourke o caso muda de figura: já tocou canções dos Smiths com ele). Ou seja, a esperança de algum dia voltar a ver os quatro músicos juntos no palco é praticamente nula.

O mais próximo que se pode ter disso são para já três concertos marcados para o Verão em Inglaterra. Rourke, Joyce e Craig Gannon, que durante o último ano de existência da banda gravou alguns temas e tocou ao vivo como segundo guitarrista dos Smiths, vão juntar-se à orquestra Manchester Camerata. A Camerata é uma orquestra de câmara no activo desde 1972 dada a este tipo de colaborações: já gravou com os New Order e participou numa digressão que deu origem a um álbum intitulada Haçienda Classiça, com temas que marcaram, nos anos 1980 e 1990, a discoteca de Manchester que lhe deu o nome.

Este novo espectáculo chama-se Classically Smiths e apresenta novas versões do reportório escrito por Marr e Morrissey. Ainda não há informações sobre que vozes convidadas se juntarão aos músicos; sabe-se apenas que as três datas já marcadas arrancam a 28 de Junho, na sala O2 Apollo, em Manchester, terra natal dos Smiths, seguindo-se a O2 Academy, em Brixton, Londres, no dia seguinte, e, por fim, o Usher Hall, em Edimburgo, no dia de 2 Julho.

Os bilhetes ficam à venda esta sexta-feira.