FC Porto reassume comando da Liga em dia de ofertas
Erro clamoroso de Sulley deu vantagem que os “dragões” não conseguiram ampliar por culpa quase exclusiva do guarda-redes do Tondela.
Mesmo com um jogo a menos, o FC Porto recuperou com um misto de esforço e espírito de sacrifício a liderança isolada da Liga, que só não teve uma expressão mais consentânea com a superioridade exibida face ao Tondela porque a ineficácia “azul e branca” boicotou e limitou a chama do “dragão” (1-0).
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Mesmo com um jogo a menos, o FC Porto recuperou com um misto de esforço e espírito de sacrifício a liderança isolada da Liga, que só não teve uma expressão mais consentânea com a superioridade exibida face ao Tondela porque a ineficácia “azul e branca” boicotou e limitou a chama do “dragão” (1-0).
Com o esófago ainda a sofrer com a azia provocada pelo jogo incompleto no Estoril, mas embalado pelo empate do Sporting, em Setúbal, e pelo regresso da arte de Brahimi, o FC Porto tinha todas as condições para ir em busca de um golo-relâmpago, que devolvesse a serenidade necessária para recuperar de uma forma autoritária a liderança reclamada pelo Sporting.
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Na verdade, não foi preciso esperar muito até Marega fazer o que lhe competia perante a generosidade do ganês Sulley, cuja estreia como titular traiu completamente a estratégia do Tondela, apoiada numa organização que resvalou demasiadas vezes em erros incompreensíveis, perdas sucessivas de bolas em zona proibida que só um “dragão” notoriamente desconcentrado não conseguiu aproveitar antes do fatídico minuto 13, pelo menos para a equipa de Pepa.
O FC Porto procurava impor-se, mas também não conseguia ligar o jogo a meio-campo, vivendo das iniciativas de Brahimi, que no lance que antecedeu o golo de Marega fez o único remate perigoso dos portistas. Apesar da vantagem, os “dragões” continuavam desinspirados e a esbarrar sistematicamente na barreira formada pelo Tondela, que aos poucos se refazia do erro de Sulley. Tomané, com um gesto perfeito, rodava e deixava o aviso num remate a rasar o poste de José Sá.
Era o toque a reunir que levava Corona a despertar e a reclamar, com razão, um penálti de Joãozinho, desprezado pelo colégio de arbitragem, que não descortinou no agarrão do lateral do Tondela motivo para accionar o VAR. Um erro que Corona poderia ter reparado numa das melhores jogadas dos portistas, numa troca com Danilo que acabou com uma finalização desastrada.
O FC Porto ia adiando o segundo golo e nem Brahimi mostrava ter discernimento para bater Cláudio Ramos. O guarda-redes do Tondela haveria de travar as intenções de Felipe e os “azuis e brancos” saíam para o balneário com uma vantagem demasiado curta para as ocasiões que acabaram por construir, mesmo sem conseguirem impor-se de forma cabal perante um adversário que mantinha o necessário sangue frio para se manter vivo.
A luta endureceu no arranque da segunda parte, com o FC Porto a conseguir impor uma ideia clara de jogo, o que provocou enormes dificuldades aos beirões. Valeu a elasticidade de Cláudio Ramos a voar na baliza e a desesperar Danilo, que levou a equipa para a carreira de tiro. Apesar do domínio absoluto, o FC Porto continuava à procura do golo que deixasse a equipa a salvo de uma surpresa desagradável. Golo que Brahimi conseguiu a 15 minutos do fim, mas que o VAR anulou por posição irregular de Marega. O maliano esteve a mílimetros de bisar no lance seguinte, mas não havia meio de voltar a bater Cláudio Ramos, cuja resistência voltou a libertar a equipa para um último fôlego.
Sérgio Conceição percebeu que a hora era de procurar segurar a vantagem, pelo que chamou Sérgio Oliveira e Hernâni, tirando Corona e Aboubakar de uma equação que Herrera esteve perto de complicar com um passe ao melhor estilo de Sulley. Valeu ao FC Porto a atenção de Marcano e o défice físico de Tomané. O jogo arrastava-se para um final de nervos com o FC Porto cada vez mais interessado em colocar a bola longe da área de José Sá, apesar de ter sido Cláudio Ramos a fechar a noite com uma defesa a negar o golo de Hernâni.