Banco de Portugal avalia actual equipa da Caixa Económica

Todos os gestores foram notificados na semana passada com pedidos de audiência prévia nos processos de contra-ordenação levantados pelo supervisor.

Foto
Equipa liderada por Félix Morgado está de saída do Montepio Miguel Manso

Todos os membros do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral, ainda em funções, mas em fase final de mandato, estão debaixo de escrutínio do Banco de Portugal, que terá chumbado a sua continuidade no banco. Para além do presidente Félix Morgado, o supervisor está a analisar os actos de gestão dos executivos João Neves, Luís Almeida, Fernando Ferreira Santo, João Raimundo, Jorge Pinto Bravo e Luís Resende de Jesus. E todos foram a semana passada notificados com pedidos de audiência prévia nos processos de contra-ordenação levantados pelo supervisor.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Todos os membros do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral, ainda em funções, mas em fase final de mandato, estão debaixo de escrutínio do Banco de Portugal, que terá chumbado a sua continuidade no banco. Para além do presidente Félix Morgado, o supervisor está a analisar os actos de gestão dos executivos João Neves, Luís Almeida, Fernando Ferreira Santo, João Raimundo, Jorge Pinto Bravo e Luís Resende de Jesus. E todos foram a semana passada notificados com pedidos de audiência prévia nos processos de contra-ordenação levantados pelo supervisor.

O PÚBLICO apurou que entre os temas que suscitam dúvidas ao Banco de Portugal estão os relacionados com o polémico negócio das Vogais Dinâmicas, e que se admite ter tido como objectivo limpar artificialmente as contas da CEMG de 2016 e assim possibilitar à gestão melhorar os resultados da actividade. Em cima da mesa do departamento de supervisão da entidade liderada por Carlos Costa estão ainda suspeitas de irregularidades nos processos de recuperação de crédito, bem como falhas de controlo interno. Há ainda conclusões retiradas dos testes realizados à CEMG e que apontam para possíveis conflitos de interesse, uma inadequação no reporte ao supervisor, nomeadamente no domínio do risco e da contabilidade.

E neste quadro que se admite que a administração de Félix Morgado seja substituída na sua totalidade, por pressão do BdP, que, neste momento, já está a analisar a idoneidade dos novos gestores indigitados para que assumam as funções até Março. E só depois de Félix Morgado fechar as contas de 2017.

Na equipa de Nuno Mota Pinto, indicado para se sentar na cadeira de CEO, estão dois directores da CEMG, Pedro Alves e José Carlos Mateus. Para chairman do banco da Associação Mutualista Montepio Geral escolheu Francisco Fonseca da Silva, que chegou a integrar em tempos uma lista candidata à liderança da entidade da economia social, contrária à de Tomás Correia. A semana passada Tomás Correia ainda esperava por respostas a convites que endereçou para os órgãos sociais.