Macron quer que a baguete francesa seja património da UNESCO

Presidente francês apoia a pretensão da associação nacional de padeiros que querem ver a típica baguete classificada como Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

Foto
LUSA/ETTORE FERRARI

Não se sabe qual o acompanhamento com que Emmanuel Macron prefere comer a tradicional baguete - ou se a prefere sozinha -, mas o Presidente tem a certeza que aquele pão francês é a "inveja de todo o mundo". Por isso, apoia a pretensão da associação de padeiros franceses, que quer que a baguete seja classificada como Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Não se sabe qual o acompanhamento com que Emmanuel Macron prefere comer a tradicional baguete - ou se a prefere sozinha -, mas o Presidente tem a certeza que aquele pão francês é a "inveja de todo o mundo". Por isso, apoia a pretensão da associação de padeiros franceses, que quer que a baguete seja classificada como Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

Macron recebeu os mestres padeiros no Palácio do Eliseu na sexta-feira para assinalar o Dia de Reis e partilhou o seu desejo de inscrever a baguete na lista da UNESCO. "É preciso preservar a excelência e o seu savoir-faire, por isso é preciso colocá-la na lista de património" a proteger.

Os padeiros franceses foram inspirados a preparar a candidatura depois de a arte da pizza napolitana, cuja elaboração da massa obedece a passos obrigatórios, ser classificada no ano passado. A intenção da UNESCO é preservar as tradições gastronómicas da tendencial globalização.

"A baguete pertence ao quotidiano dos franceses", disse Macron, vincando que este pão está presente na vida dos franceses todos os dias, em todas as refeições. Os padeiros defendem que não é só o nome e a forma da baguete que precisam de ser protegidos, são também a receita e os ingredientes que precisam de ser consagrados e protegidos.

No canal RTL, citado pelo Figaro, o presidente da Confederação Nacional da Padaria e Pastelaria Francesa defendeu a baguete como um "produto maravilhoso de farinha, água, sal e levedura (fermento), merecedor de um lugar justo entre o património mundial". "Juntamente com a torre Eiffel, ela é um dos principais símbolos franceses", argumentou Dominique Anract.

Em França, a baguete tradicional já é um produto protegido por uma lei de 1993, que impõe que sejam utilizados unicamente os quatro ingredientes descritos por Dominique Anract, e a massa (ou já em pão) não pode ser congelada nem conter conservantes.

A ser classificada, a baguete francesa juntar-se-á a uma lista de iguarias que conta já, além da pizza napolitana, com a cerveja belga, o pão de gengibre do norte da Croácia, o kimchi da Coreia do Sul, o café turco, e a dieta mediterrânica.