Chelsea Manning candidata-se ao Senado
A antiga militar foi condenada a 35 anos de prisão depois de passar informações confidenciais ao WikiLeaks mas foi libertada em Maio.
Chelsea Manning, a ex-militar que divulgou informação classificada do Governo, vai candidatar-se ao Senado norte-americano pelo estado de Maryland.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Chelsea Manning, a ex-militar que divulgou informação classificada do Governo, vai candidatar-se ao Senado norte-americano pelo estado de Maryland.
Manning foi condenada a 35 anos de prisão por passar informações confidenciais ao site de denúncias WikiLeaks mas, depois de passar sete anos numa prisão do Kansas, foi libertada em Maio do ano passado, depois de um perdão presidencial concedido por Barack Obama. Segundo o Washington Post, a candidatura de Manning foi submetida na quinta-feira.
Manning, de 30 anos, vai disputar a nomeação por parte do Partido Democrata contra Ben Cardin, que soma já dois mandatos no Senado e voltará a candidatar-se em Novembro. Eleito em 2006, Cardin pertence ao Comité das Relações Internacionais do Senado e é considerado o favorito.
Em 2010, quando se chamava Bradley (é transgénero) e era analista dos serviços de informações militares, Manning passou ao portal WikiLeaks, do australiano Julian Assange, mais de 700 mil documentos classificados sobre as guerras no Iraque e Afeganistão e mensagens do Departamento de Estado. A maior fuga de informação confidencial na história dos Estados Unidos abriu um debate polémico sobre as intervenções do país no mundo.