Game Boy volta às lojas sem mão da Nintendo

A empresa nipónica está a focar-se na Switch, a consola “dois-em-um” lançada no ano passado.

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Uma versão do Game Boy original vai chegar às lojas, mas não é pelas mãos da Nintendo. Enquanto a empresa nipónica se dedica à Switch – a sua nova consola “dois-em-um” – é a americana Hyperkin que se está a aproveitar da nostalgia dos fãs de videojogos para desenvolver uma versão moderna do Game Boy, muito semelhante ao modelo original. Chega mais de 28 anos depois de a Nintendo ter lançado a consola portátil, mas funciona com os cartuchos antigos.

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Uma versão do Game Boy original vai chegar às lojas, mas não é pelas mãos da Nintendo. Enquanto a empresa nipónica se dedica à Switch – a sua nova consola “dois-em-um” – é a americana Hyperkin que se está a aproveitar da nostalgia dos fãs de videojogos para desenvolver uma versão moderna do Game Boy, muito semelhante ao modelo original. Chega mais de 28 anos depois de a Nintendo ter lançado a consola portátil, mas funciona com os cartuchos antigos.

O projecto foi anunciado durante a CES (Consumer Electronics Show), uma das maiores feiras de produtos tecnológicos no mundo que está a decorrer em Las Vegas, até sexta-feira, dia 12 de Janeiro. A Hyperkin é uma marca conhecida nos Estados Unidos por fabricar acessórios de videojogos e outras versões actualizadas de consolas retro (por exemplo, a Dreamcast da Sega). Mas apenar de estar a trabalhar numa nova versão do Game Boy – a que está a chamar, temporariamente, de “Game Boy Ultra” – a empresa não vai desenvolver jogos para o modelo. Ou seja, quem estiver interessado terá de recorrer a sites de artigos em segunda mão se já não tiver os antigos.

Há, porém, algumas actualizações. O novo “Ultra Game Boy” substitui o plástico por uma estrutura em alumínio, vem com uma bateria que dura até seis horas entre carregamentos, uma entrada USB-C, um par de auriculares, e um botão para ajustar a luminosidade do novo ecrã LCD. Os fãs mais nostálgicos podem ignorar o botão e espremer os olhos para ver o jogo de um ecrã acinzentado mal iluminado. O pequeno aparelho também pode ser utilizado para criar "chiptunes”. Trata-se de um género de música electrónica, também chamado música de 8 bits, produzido com antigas consolas de jogos.

A dona do conceito original, a Nintendo, também marcou presença na CES mas está a guardar as suas novidades para sexta-feira, dia 12 de Janeiro. É a data marcada para o Nintendo Direct, um evento transmitido de Tóquio em que a empresa vai falar dos projectos para o futuro da Switch. Desde o lançamento em Março de 2017 que a consola “dois-em-um” tem sido um sucesso, com mais de dez milhões de vendas em todo o mundo, de acordo com dados da empresa. O modelo aposta num conceito que se adapta à rotina do utilizador, ao poder começar a jogar no sofá, em frente à televisão e continuar em modo portátil, a caminho do emprego.

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A nova versão da Hyperkin tem uma estrutura de alumínio Hyperkin

Na CES, a empresa nipónica aproveitou para relembrar a data e exibir uma pequena gama de acessórios disponíveis para as suas consolas: desde uns auriculares que se dobram, a um kit que inclui material para limpar a consola Switch, a capas de telemóvel do Super Mario e Zelda, até um adaptador para a NES Classic que permite ligar o carregador com entrada USB da consola a qualquer tomada.

O Game Boy da Hyperkin deve chegar ao mercado no próximo Verão, com um preço perto dos 100 euros. Não se sabe, para já, se a Nintendo irá lançar a sua própria versão. Em alguns países, unidades novas do Game Boy Advance SP (a versão de 2003 do aparelho da Nintendo), ainda se podem comprar de sites de algumas cadeias de jogos electrónicos, por cerca de 150 euros.

O mercado de “videojogos retro” provou ser apelativo, depois do sucesso das reedições de duas das consolas clássicas da Nintendo.