Quem são as mulheres que não vestiram de negro nos Globos de Ouro?

Elas estão solidárias com a luta dos homens e mulheres de Hollywood, mas não estiveram disponíveis para vestir de preto.

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São apenas três as mulheres que não passaram despercebidas aos fotógrafos que estiveram na passadeira vermelha por não vestirem de preto, a cor acordada por homens e mulheres da indústria do entretenimento para fazer notar as situações de abuso e assédio que se vivem em Hollywood (e não só).

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São apenas três as mulheres que não passaram despercebidas aos fotógrafos que estiveram na passadeira vermelha por não vestirem de preto, a cor acordada por homens e mulheres da indústria do entretenimento para fazer notar as situações de abuso e assédio que se vivem em Hollywood (e não só).

Se a noite de domingo dos Globos de Ouro, em Los Angeles, foi monocromática, com o negro a imperar quer na roupa delas como deles – muitos usaram camisas pretas por debaixo do casaco do smoking ou o pin do movimento Time's Up na lapela –, pelo menos duas mulheres optaram pelo vermelho. Meher Tatna, a presidente da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood – que é a anfitriã da cerimónia –, e a actriz Blanca Blanco. A primeira tem uma razão cultural para o ter feito: de origem indiana, Tatna justifica que na sua cultura o preto é apenas reservado às mulheres que estão de luto. "Quando se celebra, não vestimos preto", justificou já na passadeira vermelha, acrescentando que está solidária com os que vestiram de negro.

Blanca Blanco, que se estreou no filme Showgirls, diz que também apoia a luta contra o abuso e o assédio sexual, no entanto, optou por um vestido vermelho com pouco tecido. Depois das críticas nas redes sociais, feitas por inúmeros internautas, a actriz respondeu que o problema em Hollywood é "maior do que a cor do meu vestido". 

A modelo Barbara Meier também se defendeu nas redes sociais antes mesmo de sair de casa. Sobre a sua opção de envergar um enorme vestido cor-de-rosa, a modelo que ganhou o Germany Next Topmodel em 2007, explicou nas redes sociais que ser livre é poder usar o que lhe apetecer. Num longo post no Instagram, diz que considera a iniciativa de apoiar o movimento Time's Up "muito importante", mas que decidiu usar cor. "Se queremos que este seja o Globos de Ouro das mulheres fortes que defendem os seus direitos, eu acho, que o caminho errado é não vestirmos qualquer roupa sexy (...). Há muito tempo que lutamos pela liberdade de vestir o que quisermos. Na minha opinião, se restringirmos isso porque alguns homens não podem controlar-se a si mesmos, isso é uma enorme regressão. Não devemos ter de vestir preto para sermos levadas a sério, as mulheres devem brilhar, serem coloridas e cintilantes."