Está na altura de revelarmos os nossos cheiros. É hora de Catinga
No primeiro episódio do Podcast Catinga são os significados da própria palavra que são discutidos.
Passam o tempo a dizer-nos que isto não anda tudo ligado. Mas para o artista e músico Nástio Mosquito e para o jornalista e crítico Vítor Belanciano, o público e o privado, a economia e a política, a arte e a vida, a academia e a rua, a zanga e a alegria fazem parte da mesma realidade que é possível apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. É a hipótese de transfigurar a realidade através das conversas e das palavras.
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Passam o tempo a dizer-nos que isto não anda tudo ligado. Mas para o artista e músico Nástio Mosquito e para o jornalista e crítico Vítor Belanciano, o público e o privado, a economia e a política, a arte e a vida, a academia e a rua, a zanga e a alegria fazem parte da mesma realidade que é possível apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. É a hipótese de transfigurar a realidade através das conversas e das palavras.
Neste primeiro episódio falamos disso. Catinga tem uma conotação negativa. É um odor associado à pele negra. Para a maioria será a afirmação de um preconceito. Mas as palavras, a língua, os simbolismos, as relações sociais não são imóveis. É possível atribuir novos imaginários e sentidos à realidade partir de uma palavra com um simbolismo negativo tão prenunciado? É possível transcender o significado atribuído às palavras e essa compreensão ajudar à transformação da própria realidade? É possível dizer “sim”, apesar das probabilidades do “não”?
Às tantas Nástio Mosquito diz que “está na altura de revelarmos os nossos verdadeiros cheiros e lidarmos com o que nos faz suar.” Catinga é linda. Ou não. A palavra está do nosso e do vosso lado.
Créditos:
Jingle – Apache
Fotografia – Tiago Maya
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