Quase 80% de veículos afectados pelo dieselgate foram reparados

Dos mais de 101 mil carros do grupo Vplkswagen, quase 80 mil beneficiaram de uma actualização de software. Processo pode estar completo em Março.

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REUTERS/Russell Boyce

A actualização de software, no âmbito do dieselgate, foi feita até ao final de 2017 em quase 79% de veículos Volkswagen, Audi, Skoda, informou a SIVA, que prevê que as intervenções possam estar concluídas até Março.

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A actualização de software, no âmbito do dieselgate, foi feita até ao final de 2017 em quase 79% de veículos Volkswagen, Audi, Skoda, informou a SIVA, que prevê que as intervenções possam estar concluídas até Março.

Na apresentação de resultados de 2017, em Lisboa, a SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis600 explicou estar em causa um universo de 101.600 viaturas e que a solução de software está disponível para 99,9% de veículos das marcas que representa.

Até ao final de 2017, foram assim realizadas 79.942 acções, tendo a Volkswagen somado acções em 79,1% das suas viaturas, a Audi 83% e a Skoda 56,9%.

A expectativa é a de que as intervenções possam estar concluídas no "fim do primeiro trimestre" de 2018, mas sem que se chegue aos 100% de veículos, dado que há uma lista negra de viaturas, segundo o director da SIVA, Pedro Almeida. Nessa lista estão clientes que não se consegue contactar ou que se recusam a levar os automóveis à oficina, com o responsável a avisar que essa opção pode levar a chumbos na inspecção, uma vez que "acção é obrigatória em Portugal".

O mesmo responsável antecipou que as correcções atinjam a fasquia de "90 ou 91%" até Março, antecipando que o número de viaturas na lista negra, actualmente de 7%, deve aumentar. Segundo os cálculos de Pedro Almeida, cada intervenção deve custar entre 30 a 40 euros à fábrica.

A SIVA registou um decréscimo de 4,3% nas vendas de ligeiros, tendo o volume de vendas caído para 30.171 veículos em 2017.

Uma investigação nos EUA descobriu em 2015 que a Volkswagen manipulou o dispositivo das emissões poluentes em veículos a gasóleo. A empresa alemã admitiu a fraude, que envolveu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo.